Lewis Hamilton será o oitavo campeão mundial de Fórmula 1 a realizar o sonho de correr pela Ferrari. E, quem sabe, pode até conquistar mais um título pela Scuderia. Antes do britânico, outros sete pilotos chegaram ao time de Maranello já taças da F1 e com “sangue nos olhos”, a fim de obter glórias e mais glórias pela equipe.
São figuras sortudas, diz Marcus Celestino na reportagem do Auto Esporte. Isso porque nem todos os campeões mundiais tiveram a oportunidade de guiar oficialmente um Ferrari nas pistas. Lendas como Ayrton Senna, Jack Brabham, Jackie Stewart e Nelson Piquet jamais tiveram a chance de guiar um bólido da equipe italiana na Fórmula 1.
No entanto, além de Sir Lewis Hamilton, outros sete campeões mundiais assumiram a responsabilidade e foram encarar o árduo desafio que é correr pela Ferrari. Abaixo, Autoesporte lista todos os pilotos que chegaram à Maranello já vitoriosos e com o desafio de dar títulos à equipe fundada pelo Comendador. Lembre-se: excluímos do ranking todos aqueles que ganharam o primeiro campeonato pelo time italiano ou que só venceram depois da passagem por Maranello.
Pilotos que chegaram campeões à Ferrari:
Giuseppe Farina
Após duas temporadas na Alfa Romeo, “Nino” Farina atendeu ao chamado de Enzo Ferrari. Disputou para valer pela equipe os campeonatos de 1952 e 1953, conquistando um vice e uma terceira colocação. Fez ainda algumas corridas pela Scuderia em 1954 e 1955, sem muito êxito.
Juan Manuel Fangio
Fangio foi vice-campeão na primeira temporada da história da categoria, atrás do já citado Giuseppe Farina. No ano seguinte, ainda pela Alfa Romeo, conquistou seu primeiro título. Ganhou mais dois mundiais na sequência e logo se mudou para a Ferrari, onde triunfou em 1956. “El Maestro” ainda venceria mais um campeonato em 1957, pela Maserati, elevando ainda mais seu status de lenda.
Alain Prost
Após os extensivamente abordados atritos com Ayrton Senna, Prost seguiu a voz interior (e o dinheiro) e se mandou para a Ferrari. Sua passagem pela Scuderia começou até que bem. Em 1990 disputou o título com o brasileiro até o histórico GP do Japão, quando Senna repetiu o francês no ano anterior e jogou o MP4/5B no 641/2 sem dó, nem piedade.
Depois de uma temporada tenebrosa em 1991, sem uma única vitória, Alain Prost acabou demitido. O francês tirou um ano sabático e voltou à Fórmula 1 em 1993, para conquistar seu quarto e último título pela Williams e se aposentar de vez.
Michael Schumacher
Quando Schumi chegou à Maranello, em 1996, já era bicampeão pela Benetton. Já o time não vencia o mundial de pilotos desde 1979, com o sul-africano Jody Scheckter. Inteligente e obstinado, Schumacher levou consigo figuras administrativas fundamentais para o posterior sucessor da Ferrari. Desse modo, ajudou a organizar a casa e emendou cinco títulos consecutivos entre 2000 e 2004. Uma lenda dentro e fora das pistas.
Sebastian Vettel
Seb chegou à Ferrari em 2015 e deixou a equipe italiana em 2020. Pela Scuderia foram 14 vitórias e dois vice-campeonatos, em 2017 e 2018. Infelizmente, o alemão nunca teve em suas mãos um carro que fizesse frente aos Mercedes guiados por Nico Rosberg, Valtteri Bottas e, claro, Lewis Hamilton. Mesmo assim, deixou saudades entre os tifosi.
Fernando Alonso
Outro que tirou leite de pedra foi Fernando Alonso. O espanhol, dos mais talentosos pilotos da história do automobilismo mundial, conquistou dois títulos (2005, 2006) pela Renault e ainda teve passagem pela McLaren. Chegou à Ferrari em 2010 com pompa e circunstância, com o objetivo de fazer com que a equipe retomasse seus dias de glória.
Só que o temperamento do bicampeão e questões administrativas entraram no meio do caminho. Mesmo assim, com carros inferiores, descolou dois vice-campeonatos pelo time de Maranello. Em 2014 deixou a Ferrari e cometeu o equívoco de voltar à McLaren – que, à época, vivia uma crise sem precedentes.
Mario Andretti
Embora nascido na Itália, a lenda do automobilismo correu sob a bandeira americana. Teve passagem pela Ferrari no início da década de 1970, mas conquistou seu primeiro e único titulo mundial de Fórmula 1 em 1978, pela Lotus. Voltou à Scuderia em 1982 para a disputa de GPs pontuais e garantiu, inclusive, um pódio em Monza. Nas pistas, Mario Andretti sabe tudo.
Bônus: Valentino Rossi
Aqui é só uma brincadeirinha. O multicampeão sobre duas rodas não chegou a disputar um GP pela Ferrari , mas testou, em mais de uma ocasião, os carros de Fórmula 1 da equipe.
Em 2006, o “Doutor” cogitou migrar de uma categoria para a outra e testou para valer pela Scuderia no circuito Ricardo Tomo, em Valência, na Espanha. À época, seus melhores tempos não ficaram tão acima dos de Michael Schumacher.
Rossi ainda testaria bólidos da Ferrari em 2008 e 2010. No entanto, infelizmente, jamais fez a transição para a Fórmula 1. Teria sido incrível ver um dos maiores de todos os tempos como piloto de uma equipe tão grandiosa.