Prestes a se aposentador do cargo de ministro do STF e talvez ganhar um cargo no governo Lula, Ricardo Lewandowski quer segundo a coluna Radar, da Veja, fazer do jurista baiano Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi um de seus principais assessores na Corte, o seu sucessor.
Almeida Neto foi secretário-geral do Supremo e do TSE nas gestões de Lewandowski como presidente dos tribunais. Em 2016, o advogado deixou o cargo para se tornar diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional. Ele é professor da USP, onde fez pós-doutorado em direito, e é vice-presidente da Comissão de Estudos Constitucionais da OAB.
Indicado para o Supremo pelo então presidente Lula em 2006, o Lewandowski completa 75 anos no dia 11 de maio do ano que vem, data limite para pendurar a toga compulsoriamente.
O ministro, inclusive, está disposto a deixar a cadeira que ocupa no STF em troca de outra na Esplanada dos Ministérios já em janeiro — e trabalha ativamente para que Lula indique seu protegido.
Na segunda-feira, depois de negar a possibilidade de assumir o Ministério da Defesa do novo governo do petista, o magistrado afirmou a jornalistas que não houve convite, mas que “o futuro a Deus pertence” durante a Brazil Conference, realizada em Nova York pelo grupo Lide. Anteriormente, ele havia afirmado que a hipótese estava “fora de cogitação” e que sua grande expectativa depois da aposentadoria era cuidar dos netos.