Um levantamento feito pelo #VoteLGBT mostra que as candidaturas desse segmento são as que menos recebem investimentos dos partidos.
Segundo a coluna de Bela Megale, no O Globo, estes dados foram coletados pela organização e apontam que as candidaturas LGBT+ receberam, em média, menos de 6% do teto de investimento nas campanhas, sendo que esse número caiu para 2% nas grandes cidades nas eleições de 2020. O estudo mostra ainda que só 29% das candidaturas LGBT+ conseguiram alcançar as condições para poderem ser eleitas, como o critério da porcentagem mínima de votos em relação ao quociente eleitoral.
Para tentar mudar esse cenário agravado pela reforma eleitoral, que diminuíram o número de candidaturas por partido, a organização elaborou uma série de iniciativas. A primeira delas é a realização do “2ª Webinário +LGBT ocupando a política”, em abril, com informações sobre como arrecadar recursos e a maneira de fazer a própria campanha nas redes.
— A participação política de LGBT+ sempre foi um desafio. São as lideranças partidárias que decidem quem são as candidaturas que ocuparão as vagas nas urnas e quanto de financiamento receberão, mas as LGBT+ não estão nos cargos de poder dos partidos. O contexto das eleições de 2022 só tende a excluir ainda mais essas candidaturas. Será difícil repetir o sucesso eleitoral que elas experimentaram nas últimas eleições, porque correram por fora, ganharam a despeito dos partidos e não por conta deles. Nossos votos foram bem-vindos, mas nossa presença, não — diz Évora Cardoso, pesquisadora do projeto.