O jornalista Léo Batista, que morreu aos 92 anos neste domingo (19), noticiou em primeira mão o suicídio do presidente Getúlio Vargas em 1954, durante programação na Rádio Globo; e a morte do piloto Ayrton Senna em 1994 — vítima de acidente em Ímola, na Itália, como lembra Aline Gouveia, em reportagem no Correio Brazilinse.
Léo Batista estava internado desde 6 de janeiro em um hospital no Rio de Janeiro, onde foi diagnosticado com um câncer de pâncreas. A morte dele foi comunicada pela Rede Globo, onde o jornalista trabalhava.
Léo Batista nasceu em Cordeirópolis (SP), em 22 de julho de 1932. O início dele na TV Globo foi na Copa do Mundo do México em 1970. O jornalista também foi apresentador do Jornal Hoje e do Globo Esporte.
Léo Batista mudou-se para o Rio de Janeiro em 1952, para tentar uma vaga na Rádio Clube do Brasil, mas acabou sendo contratado pela Rádio Globo. No primeiro trabalho na rádio, ainda como Belinaso Neto (nome de batismo), foi locutor e redator de notícias do programa O Globo no Ar.
Dois anos depois, em 1954, passou a trabalhar também na equipe esportiva da Rádio Globo, além de participar do programa Parada de Sucessos e de escrever anúncios publicitários.
O jornalista trocou o rádio pela televisão em 1955, quando foi contratado da TV Rio. Convidado por Luiz Mendes, Léo organizou e participou de todas as etapas de produção do Jornal Pirelli. Na TV Rio, além de apresentar diariamente o telejornal, ele participava de outros programas, transmitia futebol e comandava o TV Rio Ringue.
Léo Batista integrou a equipe responsável por quase todos os programas esportivos da Globo. Apresentou, inclusive, o primeiro programa esportivo diário da emissora, o Copa Brasil.
Léo Batista esteve na primeira equipe e foi o responsável pela apresentação do programa de estreia do Globo Esporte, em 14 de agosto de 1978.