O Parlamento de Israel aprovou em primeira votação nesta terça-feira (14) uma lei que limita a capacidade do Supremo Tribunal para anular textos considerados inconstitucionais, um elemento crucial da polêmica reforma judicial que provocou semanas de protestos no país.
O texto foi aprovado pelos parlamentares pouco antes das 3H00 (22H00 de Brasília, segunda-feira), com 61 votos a favor e 52 contrários. O projeto ainda precisa ser aprovado em segunda e terceira votações para virar lei.
O projeto exigirá do Supremo Tribunal maioria de 12 dos 15 membros para anular leis consideradas contrárias à Carta Magna do país.
Além disso, permitirá que a maioria simples do Parlamento blinde uma lei para que não possa ser examinada pelo Supremo Tribunal Supremo ou, inclusive, reverta uma anulação decretada por este tribunal.
Antes de aprovar o texto, os deputados também aprovaram em primeira votação uma lei que limita as possibilidades de processo de destituição contra o primeiro-ministro.
O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em coalizão com partidos ultraortodoxos e de extrema-direita, apresentou o projeto de reforma judicial em janeiro.
Desde então o país registra 10 semanas de protestos contra o pacote de leis que, segundo os críticos, limita o poder da justiça diante dos políticos e protege Netanyahu, que enfrenta várias acusações de corrupção.