A Feira de Cerâmica de Maragogipinho está de volta à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O evento começou nesta segunda-feira (8), no corredor em frente a lanchonete da Assalba, com diversas barracas expondo e comercializando peças dos mais diversos formatos e utilidades, produzidas por artesãos do distrito da cidade de Aratuípe.
São imagens de santos, anjos, mulheres, animais, vasos e panelas de barro, produtos para todos os gostos, alguns mantendo a textura de barro original e outros com acabamento e pintura. Toda a produção envolve várias famílias de Maragogipinho, onde o ofício – que começou com os indígenas e, depois, desempenhada por negros e escravos libertos-, tem passado de pai para o filho, dando ao lugar o título de maior centro cerâmico da América Latina, pela Unesco.
Como exemplo da tradição que atravessa gerações, a maioria das peças são criadas e produzidas pelo jovem Raí Almeida, de 25 anos, e o acabamento, a pintura e a decoração ficam a cargo da mãe, pai, esposa e irmão. Em contato com a cerâmica desde criança, Raí aprendeu cedo o ofício, “mas o gosto pela atividade chegou aos 18 anos, quando comecei a ganhar dinheiro”, comentou.
Raí, que participa da feira pela primeira vez, acredita que até sexta-feira (12), quando o evento termina, já tenha vendido a maior parte dos produtos. Segundo sua mãe, Lindinalva Almeida, 62 anos, que vem expondo na Casa há cerca de dez anos, nos anos anteriores as vendas foram um verdeiro sucesso. “A gente trouxe e vendeu tudo, e este ano espero que aconteça o mesmo!”, desejou.