sexta-feira 22 de novembro de 2024
Evento proposto pelo presidente Adolfo Menezes vai reunir a secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, Mabel Freitas, pós-doutora em educação e o vereador de Salvador, Sílvio Humberto - Fotos: AL-BA
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terça-feira 30 de abril de 2024 às 06:39h

Legislativo baiano promove hoje roda de conversa sobre o racismo

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Racismo Não é Mimimi. Este é o tema de uma roda de conversa que acontece nesta terça-feira (30), na Assembleia Legislativa da Bahia(AL-BA), por proposta do seu presidente Adolfo Menezes. O evento acontece no Auditório Jornalista Jorge Calmon a partir das 9h30, com as presenças da secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Ângela Guimarães; da pós-doutora em educação Mabel Freitas; e do vereador de Salvador e presidente de honra do Instituto Steve Biko, Sílvio Humberto.

Proponente do debate, o presidente da AL-BA destacou que racismo é crime, contra o qual o Legislativo baiano sempre teve postura firme e contrária. Ao defender com solidez o posicionamento antirracista, o Parlamento busca garantir à população negra a defesa de seus direitos e o combate à discriminação e intolerância racial e religiosa, disse Adolfo Menezes, lembrando que há dez anos o Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado por unanimidade na Casa. “Todos os atuais 63 deputados da Assembleia Legislativa repudiam veementemente o racismo, que não é ‘mimimi’ nenhum, mas crime”, afirmou.

A secretária Ângela Guimarães, assim como o deputado Adolfo Menezes, defende postura rigorosa contra o racismo, que “está presente em todos os setores da vida social”. O poder público, completou, deve estar empenhado “em fortalecer e implementar políticas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial”. Participante do evento desta terça-feira, ela considera fundamental debater-se o tema, “para que as pessoas possam identificar e denunciar crimes desta natureza, assumindo uma postura antirracista no cotidiano”.

A roda de conversa da AL-BA também foi qualificada como necessária pela professora e pesquisadora Régia Mabel da Silva Freitas, para quem o evento é uma oportunidade de debater as consequências advindas da Abolição da Escravatura, do pós 13 de maio de 1888 para as populações negras. Este debate, na opinião de Mabel Freitas, servirá ainda para que sejam abordadas as políticas públicas antirracistas à luz de atuações municipais e estaduais dos poderes Legislativo e Executivo. Para ela, esta é uma discussão pra já. “Não podemos esperar 13 de maio, 25 de julho e 20 de novembro para refletirmos de forma propositiva sobre um crime que é cometido há séculos”, reforçou a professora e pesquisadora.

“É fundamental abordar um fenômeno que, mesmo atravessando a sociedade por séculos, ainda é muito discutido no viés da violência policial ou no ataque verbal direcionado à cor da pele”, considerou o vereador Sílvio Humberto, fundador e presidente de honra do Instituto Steve Biko. Para ele, é importante debater o problema do racismo nas instâncias em que as políticas públicas são elaboradas, como é o Parlamento baiano, que propôs e abriga o evento.

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