A carta de “pacificação” divulgada nesta quinta pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem repercutido no cenário político.
“O leão virou um rato. Grande dia”, publicou o governador de São Paulo João Doria (PSDB).
Bolsonaro, como mostrou a revista Veja, decidiu recuar na sua guerra contra o STF. Adotou nova postura depois de conversar com o ex-presidente Michel Temer (MDB) sobre a necessidade de buscar a pacificação do país.
O presidente divulgou uma nota em que diz ter “vontade” de buscar a paz entre os poderes. “Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, diz Bolsonaro.
O comunicado do presidente da República — que animou o mercado e apaziguou aliados — foi recebido com escárnio por desafetos de Bolsonaro.
“Frouxo e covarde”, disparou Rodrigo Maia. “O evento de terça foi um desastre pro Bolsonaro, e a nota agora uma humilhação”, comentou o atual secretário de Projetos e Ações Estratégicas do Governo de São Paulo.
“Li a cartinha do Temer que o Bolsonaro assinou. Será que agora o Temer passa a governar também? Será que vai redigir uma cartinha explicando mansões e rachadinhas? Vai vendo Brasil! Quem votou para ‘mudar tudo isso aí’ faz o que? Espera cartinha para baixar o preço da gasolina?”, publicou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).