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O senador Angelo Coronel (PSD) afirmou em entrevista à Rádio Salvador FM. que a saída do PP, pela força e peso político que tem no estado, não foi suprido no grupo pela entrada do MDB.
Segundo Coronel, a chega do MDB foi de fato festejada após o cenário deixada pela saída do PP, mas pontua que não houve uma equivalência nesta troca, pelo número de quadros políticos e o peso que cada legenda tem atualmente na Bahia.
“Achar que o PP, liderado por João Leão, é um partido fraco, é a pessoa querer se alto enganar. É uma agremiação forte, com quadros competentes, boa representação. Foi uma perda grande para o PT e para o grupo. Depois veio Geraldo Júnior e deu uma amenizada, mas não podemos jogar confete em excesso. A saída do PP foi muito mais prejudicial ao arco governista do que foi benéfica o regresso do MDB”, destacou Coronel.
Ataques
Sem citar o governador Rui Costa (PT), o senador criticou os ataques contra Leão após ele migrar para base adversária, principalmente pelo presidente do PP ter dito a verdade ao justificar seu desembarque no grupo, motivo esse que é constantemente colocado em xeque pelo chefe do executivo estadual, que avalia o desembarque como uma “traição”.
“Acho que prometeram, fizeram algum compromisso com Leão que não deu para cumprir. Eu sei, eu participei quando Leão havia hipoteticamente acertado de que iria assumir nove meses e fazer a transição; não é porque Leão hoje está no bloco contrário ao governo que temos que simplesmente querer execrar e colocar culpa nele. Eu não faço política dessa maneira. Eu acho que temos que dar a César o que é de César”, pontuou Coronel.
“Leão na verdade não foi prestigiado, não deram o que prometeram, a verdade tem que ser dita, ninguém vai querer me desmentir porque eu participei e a verdade é essa. Se comprometeram que Leão iria assumir e na hora H mudou a chapa toda e não deu para Leão assumir. Agora, se Leão iria continuar ou não sem ter a possibilidade de assumir o governo, aí foi uma decisão de foro íntimo, eu não posso aqui entrar na mente de Leão. Agora que houve o compromisso de que Leão já estava de paletó novo para assumir o governo nos últimos nove meses ele estava”, concluiu o senador do PSD.
Candidatura
Coronel voltou a dizer que se dependesse dele o candidato ao governo da Bahia seria do PSD, como chegou a ser ventilado quando Rui Costa (PT) articulava uma candidatura ao Senado Federal, colocando o senador Otto Alencar na disputa ao executivo.
“Eu torcia que fosse do PSD. O time que não joga não tem torcida. Esse negócio de toda eleição o cabeça de chapa ser do PT, eu discordo disso; eu achava, naquela oportunidade, que a candidatura poderia sair de qualquer partido da base aliada e não somente do PT. Como aconteceu ao final, Wagner saiu, Otto não topou, e desaguou em Jerônimo. Por isso não fiquei tão zangado, que Otto poderia ser e não topou”, pontuou o parlamentar.
O senador da Bahia acredita que o PT falha ao “gastor o tempo todo” da campanha reafirmando que é do time de Lula: “Tem que lembrar para população baiana o que foi feita nesses 16 anos, esse grupo tem credibilidade do que foi feito. Não tem motivo para não lembrar disso”.
Ele critica o Marketing de Jerônimo Rodrigues por falhar ao esconder o legado do grupo em prol da vinculação constante ao ex-presidente Lula, que tenta retornar ao Palácio do Planalto.
“O PT falha. Era pra dizer o que fez, a Fonte Nova, a Rótula do Aeroporto. Fica só falando de time de ‘a’, time de ‘b’ e esquece o que fez. Se mostrasse o que fez nesses 16 anos, melhoraria a confiabilidade de votar na sequência. Não tem que gastar o tempo todo dizendo que é do time de Lula, isso todo mundo já sabe, mas tem que lembrar à população baiana o que foi feito por esse grupo. A Oposição bate na questão da violência, que o problema é nacional, e cabe o governo fazer uma antítese, vamos bater também que a saúde melhorou, que as escolas estão boas, isso que precisa ser feito. Infelizmente quem está no marketing de Jerônimo está pecando até agora”, avaliou Coronel.
