A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta segunda-feira (1°), o procurador do estado Renan Saad.
Saad é suspeito de receber R$ 1,3 milhão em pagamentos da Odebrecht relacionados a obras do metrô do Rio. A prisão ocorreu na casa de Saad, em São Conrado, Zona Sul.
A TV Globo apurou que, segundo afirma um acordo de leniência, o procurador recebeu R$ 300 mil em caixa dois em troca de parecer sobre a Linha 4 do metrô do Rio.
Expansão e propina
De acordo com a investigação, os pareceres emitidos pelo procurador foram “fundamentais” para a viabilização das obras do sistema metroviário.
Os pagamentos foram operacionalizados por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, sistema usado pela empreiteira para repassar propinas a políticos.
Os repasses a Gordinho, como Saad era identificado no sistema, ocorreram entre 2010 e 2014, segundo aponta a força-tarefa. Um desses pagamentos, de R$ 100 mil, foi entregue no escritório de advocacia do procurador.
Outra investigação relacionada ao caso apura se mudanças na obra do metrô causaram prejuízos aos cofres públicos.