A força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba apresentou nesta última sexta-feira (13) uma denúncia por lavagem de dinheiro contra o empresário Walter Faria e outras 22 pessoas vinculadas à cervejaria Petrópolis, o Antígua Overseas Bank e ao departamento de propina da Odebrecht.
Faria é acusado de participar de um esquema que lavou R$ 1,1 bilhão para a Odebrecht, entre 2006 e 2014.
A denúncia contra o empresário acontece dois dias depois de o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) mandar soltá-lo, mediante pagamento de R$ 40 milhões de fiança e uso de tornozeleira eletrônica.
Uma das linhas de investigação da Lava-Jato apura se o empresário utilizou o programa de repatriação para trazer ao Brasil R$ 1, 4 bilhão obtidos de forma ilícita no exterior.
Faria foi preso preventivamente na 62ª fase da operação Lava Jato em agosto. Segundo a denúncia, ele é acusado de praticar 642 atos de lavagem de dinheiro.
De acordo com os delatores da Odebrecht, a cervejaria Petrópolis teria auxiliado a empreiteira a pagar propina por meio da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior, em uma operação conhecida como “operações dólar-cabo”.
Ainda de acordo com os delatores, a Odebrecht lançou mão do Grupo Petrópolis para fazer doações de campanha eleitoral para políticos entre 2008 e junho de 2014.