sexta-feira 10 de janeiro de 2025
Presidente da Rússia, Vladimir Putin (E), aperta a mão do então presidente dos EUA, Donald Trump, em reunião do G20, em 2017 — Foto: SAUL LOEB / AFP/GETTY IMAGES
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sexta-feira 10 de janeiro de 2025 às 07:45h

Kremlin diz que Putin está “aberto ao contato” de Trump após magnata indicar reunião para “colocar fim” à guerra na Ucrânia

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O presidente russo, Vladimir Putin, está “aberto ao contato” com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sem impor condições prévias, conforme anunciou o Kremlin nesta sexta-feira. Moscou elogiou a “disposição de resolver problemas por meio do diálogo”.

— O presidente declarou repetidamente que está aberto a contatos com líderes internacionais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, incluindo Donald Trump — afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Donald Trump havia afirmado um dia antes que estava organizando uma reunião com o líder russo para “colocar fim” à guerra na Ucrânia.

— Ele quer que nos encontremos, e estamos no processo de organizar isso — disse o magnata republicano antes de uma reunião com governadores de seu partido, em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

— Putin quer que nos encontremos, ele até disse isso publicamente, e precisamos colocar fim a essa guerra, que é um verdadeiro desastre, concluiu.

Durante sua sessão anual de perguntas e respostas, transmitida em 19 de dezembro, Putin afirmou estar disposto a se encontrar com o líder estadunidense “a qualquer momento”.

— Se algum dia nos reunirmos com o presidente eleito Trump, tenho certeza de que teremos muito o que discutir — disse o líder russo.

Trump, que assumirá a Presidência em 20 de janeiro para um segundo mandato, prometeu durante sua campanha eleitoral acabar com a guerra na Ucrânia “em 24 horas” e já pediu um “cessar-fogo imediato” e negociações.

Autoridades europeias e ucranianas temem, contudo, que, para alcançar esse objetivo, Trump force Kiev a fazer grandes concessões, concedendo ao Kremlin uma vitória geopolítica.

Sob a presidência do democrata Joe Biden, os Estados Unidos têm sido o principal aliado da Ucrânia desde o início da guerra em fevereiro de 2022, fornecendo mais de US$ 65 bilhões em ajuda militar.

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