Líder do MBL (Movimento Brasil Livre) e um dos deputados mais novos da Câmara, Kim Kataguiri (DEM-SP), 23, mantém um posicionamento crítico ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), a quem acusa de usar a estrutura do Estado para proteger o filho Flávio Bolsonaro (sem partido), investigado pelo Ministério Público.
Kataguiri, que apoiou Bolsonaro no segundo turno, nega que as críticas que faz ao presidente sejam “traição”. Ele justificou que a escolha foi pelo voto útil, contra Fernando Haddad (PT).
Com o planejamento de lançar o MBL como partido para as eleições majoritárias de 2022, o parlamentar, que foi um dos nomes a puxar protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), tenta criar um discurso para seu eleitorado em que ele se afaste tanto de Bolsonaro como do centrão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Em entrevista ao UOL e à Folha, em Brasília, o deputado também condenou declarações que flertam com o AI-5 feitas por pessoas próximas do presidente.
“Ninguém vai querer ficar colocando dinheiro num país em que o presidente da República ou seus aliados ficam ameaçando ruptura institucional”, disse Kataguiri.