O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, aceitou o convite do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para uma visita aos EUA. Segundo a agência estatal da Coreia do Norte KCNA, “Kim Jong-un convidou Trump para visitar Pyongyang no momento adequado, e Trump convidou Kim Jong-un para uma visita aos Estados Unidos”.
Nesta última terça (12), os dois líderes participaram de um encontro em Singapura, onde fecharam um acordo histórico: a Coreia do Norte se comprometeu a desnuclearizar o país e os Estados Unidos ofereceram aos norte-coreanos “garantias de segurança”.
Depois da cúpula, Trump já havia afirmado que, “no momento apropriado”, está disposto a visitar Pyongyang, e que também quer receber na Casa Branca o ditador norte-coreano, que “aceitou” o convite.
Os convites fazem parte da tentativa dos dois países em desenvolverem uma nova relação, até agora estremecida pelas ameaças mútuas, e cooperar pela “promoção da paz, prosperidade e segurança”.
A agência estatal norte-coreana e o principal jornal do regime, o Rodong, se manifestaram pela primeira vez sobre o resultado do encontro histórico entre Trump e Kim Jong-un. “A cúpula República Democrática da Coreia-Estados Unidos ocorreu em Singapura com sucesso entre um apoio entusiasmado e as boas-vindas de todo o mundo, e resultou em um grande evento de importância significativa para promover a tendência histórica de reconciliação e paz”, declarou a KCNA.
Quatro pontos
O diálogo entre os dois países consiste em quatro pontos:
– “Compromisso para estabelecer novas relações entre os Estados Unidos e a DPRK (sigla em inglês para República Popular Democrática da Coreia), de acordo com o desejo dos povos dos dois países de que haja paz e prosperidade”;
– As duas nações “unirão seus esforços para construir um regime de paz durável e estável na Península Coreana”;
– Os Estados Unidos e a Coreia do Norte se comprometeram a reafirmar a Declaração de Panmunjom, acordo entre as duas Coreias, em que Pyongyang se compromete a desnuclearização;
– Trump e Kim Jong-un acordaram em “recuperar os corpos dos prisoneiros de guerra ou desaparecidos em combate” depois da Guerra da Coreia, entre 1950 e 1953, “incluindo o repatriamento imediato daqueles que já foram identificados”.
Em breve, o secretário dos Estados dos EUA, Mike Pompeo, deve se reunir com um alto funcionário norte-coreano para discutir sobre a desnuclearização da Coreia do Norte. A redução do contingente militar é condição para que os Estados Unidos retirem as sanções econômicas à Coreia do Norte.