De olho em manter o comando do Senado com a legenda, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, tem feito acenos segundo reportagem de Marcela Mattos, da Veja, a Davi Alcolumbre, senador do União Brasil tido como o favorito para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG) em fevereiro do ano que vem.
Uma eventual filiação de Alcolumbre ao PSD, no entanto, pode embaralhar ainda mais a disputa na Câmara dos Deputados, que conta com ao menos três postulantes. O PSD já tem o líder Antônio Brito (BA) como candidato do partido – além dele, pleiteiam a cadeira os deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).
Hoje, deputados e senadores têm demonstrado resistência a ceder o comando das duas Casas a representantes de uma mesma legenda. A filiação de Alcolumbre, portanto, pode ter impacto direto na campanha do deputado do PSD.
“Eu ficaria muito feliz com a filiação do Davi, mas de nenhuma maneira vamos abrir mão da candidatura do Antônio Brito. Afinal de contas, é uma postulação da bancada e também pessoal dele, com total legitimidade. Jamais filiaríamos o Davi como uma reciprocidade para o Antônio retirar a sua candidatura”, disse Kassab a VEJA.
E acrescentou: “O Davi é muito bem-vindo, meu amigo pessoal. Gosto muito dele, ele sabe disso. Eu sei que ele gosta de mim, mas não tem a menor chance de haver qualquer conversa, qualquer convite de filiação condicionada à desistência do Brito nessa campanha. Ele vai até o final”.
‘Candidato vai ter independência’
Kassab também rebateu as declarações de que terá voz de comando sobre o deputado do PSD caso ele seja eleito para chefiar a Câmara.
Como mostrou reportagem de VEJA, o PSD vem experimentando uma franca ascensão no país ao ocupar a Presidência do Congresso, manter a maior bancada do Senado, o maior número de prefeituras e ainda ter a representação de Kassab, secretário de governo de São Paulo, como o homem forte da gestão de Tarcísio Gomes de Freitas.
O avanço da legenda também vem acompanhado de insatisfação por parte de outros partidos, que prometem atuar para barrar a vitória de Brito para evitar dar mais um naco de poder a Kassab. Nos corredores do Congresso, não são poucos os que dizem que não votam em Brito porque ele prestaria total subserviência a seu “chefe”.
“O Brito está no quarto mandato de deputado federal, é conhecido mundialmente como um das pessoas mais vinculadas a programas de assistência social, é respeitadíssimo no Congresso Nacional e muito bem preparado. Quem fala isso são pessoas que não conhecem a política”, afirmou Kassab.
“Quem senta naquela cadeira é presidente da Câmara dos Deputados, não representa o partido, representa os 513 deputados. Eu vejo isso como um lado da disputa, um candidato querendo mostrar que é mais independente que o outro. Todos sabem da independência do Brito, da sua lealdade ao Parlamento e, caso se eleja presidente, da sua lealdade aos deputados. Não terá ne