Ao todo, são 15 investigados: sete auditores e seus parentes, casos de pai, mãe, mulher e filho. Esquema, segundo MPF, cobrava “caixinha” de R$ 30 mil
Num caso rumoroso, o Ministério Público Federal denunciou conforme a revista Veja, sete auditores da Receita Federal que atuam na alfândega do propalado Porto de Itaguaí, no Rio, e alguns de seus parentes, como pai, mãe, cônjuges e filho num esquema de corrupção naquela aduana.O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, recebeu a denúncia. Os quinze investigados viraram réus na ação. Bretas entendeu haver indícios de autoria e materialidade para receber a ação.
O porto esteve numa polêmica em meados do ano passado. O presidente Jair Bolsonaro queria mudanças na administração daquela aduana, mas não foi para frente.
O Ministério Público os acusa de corrupção passiva, corrupção ativa, facilitação de contrabando e prevaricação nas atividades na alfândega do porto, que fica em Sepetiba (RJ).
A denúncia do MPF contra auditores da Receita que atuam na aduana no Porto de Itaguaí, seus parentes e uma sócia de um dos filhos tem aquela lista de bens de luxo que caracterizam esse tipo de escândalo que envolve servidor público.Segundo a revista Veja, nesta relação tem uma moto de 1000 cilindradas, carros importados adquiridos com uso de recursos que não transitaram por contas bancárias, compradas com dinheiro em espécie. Tem também apartamento subfaturado na orla da Barra da Tijuca. E objetos de decoração e eletrodomésticos de alto valor.
Mas o que impressiona mesmo são os valores das movimentações de recursos nas contas bancárias dos investigados. São despesas incompatíveis com os rendimentos, aponta a denúncia, assim como enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.
No período investigado, de cinco anos, uma dos citadas, seus pais, um filho e a sócia dele aparecem como tendo movimentado R$ 38 milhões no débito e R$ 38 milhões (mesmo valor) no crédito em suas contas.