O juiz havia revogado a ordem original contra o candidato, argumentando que não via elementos na investigação para justificar o afastamento da imunidade eleitoral
O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) decidiu restabelecer o mandado de prisão preventiva contra Luanderson de Oliveira Alves (PSD), o “Caçula”, candidato a vereador de Macapá acusado de ser patrocinado pela maior facção do tráfico de drogas no estado.
O juiz Carlos Fernando Silva Ramos havia revogado a ordem original contra Caçula, argumentando que não via elementos na investigação para justificar o afastamento da imunidade eleitoral, que, nos 15 dias antes da eleição, só permite a prisão de candidatos em flagrante.
Nesta sexta-feira, contudo, o caso foi ao pleno do TRE-AP. O desembargador Carlos Augusto Tork de Oliveira e os juízes Paola Julien Oliveira dos Santos, Rivaldo Valente Freire, Thina Luiza D’Almeida Gomes dos Santos Sousa e Anselmo Gonçalves da Silva votaram contra a liberdade de Caçula, restabelecendo o mandado de prisão preventiva.
A Polícia Federal (PF) investiga o candidato a vereador e outras pessoas sob a suspeita de que uma facção criminosa estaria financiando a campanha de um de seus membros e coagindo moradores das áreas dominadas pelo tráfico a votar nele.
Com a decisão, Caçula volta ao status de foragido, já que os agentes da PF não conseguiram encontrá-lo para cumprir a ordem original de prisão, em 20 de setembro.
A operação naquele dia também atingiu o então subsecretário municipal de Zeladoria de Macapá, Jesaias Silva e Silva, conhecido como “Jeisa”. O prefeito da cidade, Dr. Furlan (MDB), aparece em fotos em evento de campanha com Jeiza e Caçula.