sexta-feira 22 de novembro de 2024
Corveta Frontin teve combustível furtado enquanto estava atracado em Niterói (RJ). Foto: Marinha do Brasil/Divulgação
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quarta-feira 28 de fevereiro de 2024 às 13:54h

Justiça condena capitão-de-corveta por furtar combustível de navio de guerra do Brasil

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O Superior Tribunal Militar (STM) condenou o capitão-de-corveta Leonardo Henrique Guimarães por furtar 118.000 litros de combustível de um navio de guerra. Os prejuízos aos cofres públicos chegam a R$ 3 milhões, registra Ramiro Brites, da Veja. O capitão-de-corveta é equivalente ao Major, do Exército.

Outros dois militares e um civil também foram denunciados pelo Ministério Público Militar por terem desviado, entre os dias 25 de março e 21 de maio de 2012, o óleo combustível da Corveta Frontin, navio que estava atracado na Ilha de Mocanguê, em Niterói, no Rio de Janeiro.

Caminhões-tanque retiraram o combustível e apresentaram o conteúdo como “resíduos oleosos”. Uma denúncia anônima alertou o Comando da Marinha sobre a possível atividade criminosa.

Em primeiro grau, os quatro réus foram absolvidos, mas o Ministério Público Militar recorreu ao STM, em Brasília, e o caso ficou sob relatoria do Exército Odilson Sampaio Benzi, que decidiu mudar o entendimento da primeira instância.

“As ligações telefônicas entre os réus foram tão intensas – antes, durante e depois das operações de retirada do combustível –, que fugiram à normalidade e chamaram a atenção”, disse o ministro.

“O próprio réu confessou que resolveu retirar essa quantidade de combustível de forma sorrateira porque visava preservar a carreira dos superiores, não queria escândalos, e evitava a presença da imprensa noticiando esse suposto acidente”, completou o magistrado.

O ministro Benzi disse também ter fundamentado a decisão em documentos, perícias, inquirição de testemunhas, que narraram os fatos detalhadamente, quebras de sigilo e depoimentos contraditórios por parte dos réus.

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