O TRF-2 (Rio de Janeiro e Espírito Santo) derrubou na última quarta-feira (20) uma série de medidas cautelares que impediam Everaldo Dias Pereira, o Pastor Everaldo, de manter relações — ao menos as oficiais — com o PSC. Com isso, conforme a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, ele deve reassumir a presidência da sigla, função que exercia até ser preso pela Lava-Jato.
Alvo da operação desde agosto de 2020, Everaldo migrou para a prisão domiciliar no ano passado e, agora, está proibido somente de deixar o país.
A decisão é da 2ª Turma Especializada da Corte e anula proibições impostas a Everaldo no ano passado. Entre elas, a de acessar qualquer repartição pública ou política (incluindo sedes de partidos) e de prestar consultoria, administrar ou frequentar empresas ligadas às denúncias.
A suspeita do MPF, na época da prisão, era de que Everaldo teria atuado como um dos líderes de um esquema de corrupção na Saúde do Rio de Janeiro. A mesma operação que prendeu o líder religioso envolveu o afastamento, no STJ, de Wilson Witzel do comando do governo fluminense.
Ao Judiciário, a defesa de Everaldo, representada pelo advogado Marcos Crissiuma, alegou que as medidas cautelares tiveram prazo excedido. Elas continuavam válidas há um ano, enquanto o caso está paralisado na primeira instância, sem definição de juiz competente para analisá-lo.