Após uma apelação, o tribunal afirmou que o órgão responsável não teve poder para impedir a escola de utilizar um dispositivo chamado de Desacelerador Eletrônico Graduado (DEG)
A Justiça norte-americana decidiu que o Centro Educacional Judge Rotenberg, localizado em Massachusetts, nos Estados Unidos, e focado para alunos especiais, poderá continuar usando métodos ‘questionáveis’ de ensino: a utilização do choque elétrico.
Após uma apelação, o tribunal afirmou que o Food and Drug Administration (FDA), órgão que se assemelha à Anvisa, do Brasil, não tem poder para impedir a escola de utilizar um dispositivo chamado de Desacelerador Eletrônico Graduado (DEG) como “tratamento de último recurso”.
A escola conta com 300 alunos e 55 deles possuem aprovação para que passem pelo ‘tratamento de choque’. Segundo a instituição de ensino, os choques são realizados sob a autorização da família do aluno e de um juiz local. Os familiares alegam que preferem os choques elétricos ao uso de medicamentos.
Através de uma nota, o colégio afirmou que “com o tratamento, esses residentes podem continuar a participar de experiências enriquecedoras, desfrutar de visitas com suas famílias e, o mais importante, viver em segurança e livres de comportamentos autoagressivos e agressivos”.
A associação de pais dos alunos que estudam em Rotenberg elogiou o posicionamento do tribunal. Em um comunicado, o grupo ressaltou que continuarão a lutar “para manter nossos entes queridos vivos e seguros e para manter o acesso a este tratamento de último recurso que salva vidas”.