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terça-feira 10 de dezembro de 2024 às 08:26h

Juros futuros batem 15% entre 2026 e 2027 com fiscal no radar

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Os juros futuros encerraram esta segunda-feira (9) em alta expressiva com a política fiscal do governo federal no radar dos investidores.

Os contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) com vencimento entre 2026 e 2027 fecharam o dia com taxas em 15% ao ano.

A frustração com o pacote de medidas de contenção apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levou os agentes econômicos a elevarem as expectativas para a alta dos juros na última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), entre esta terça (10) e quarta-feira (11).

Operadores do mercado aumentaram as apostas para de alta de 1 ponto na Selic, mas com projeções também indicado avanço de 0,75 ponto.

Atualmente a taxa está em 11,25% ao ano.

O temor fiscal somado à expectativa com dados da inflação no Brasil e nos Estados Unidos também fizeram o dólar fechar em alta, a R$ 6,082, maior desde o lançamento do Plano Real, em 1994.

“A dinâmica negativa nos mercados de juros e câmbio seguiu comandada pelo pessimismo crescente do mercado com relação ao cenário fiscal do país e pela consolidação das apostas de um ciclo de aperto monetário mais célere e de maior magnitude”, escreveu em relatório Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Rena.

Inflação

Dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – o indicador oficial da inflação brasileira – de novembro serão publicados nesta terça-feira (10).

Economistas consultados pela Reuters projetam uma desaceleração da inflação ao consumidor para 0,37% na base mensal, de 0,56% em outubro.

Em 12 meses, a previsão é que o índice tenha acelerado para alta de 4,85%, ante 4,76% em outubro. O nível se mantém acima da meta perseguida do BC, de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

O mercado também recebeu mal a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de rejeitar um recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU) para revisar as regras que havia definido na semana passada para liberar o repasse de emendas parlamentares.

O movimento levou a piora das expectativas sobre aprovação do pacote fiscal ainda neste ano.

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