Junior Muniz, presidente do PHS na Bahia, aproveitou uma visita que fez à Assembleia Legislativa (AL-BA) nesta semana, sua nova casa a partir de 2019, para anunciar outra novidade: o deputado estadual eleito pode sair da legenda que preside no estado em breve.
Há um ano envolvido em uma briga judicial com o presidente nacional do PHS, que já fez com que Muniz deixasse a presidência da legenda diversas vezes, o dirigente estadual decidiu abrir diálogo com outros partidos, mirando uma nova filiação.
“Se continuar dessa forma, terei que sair do partido e aceitar o convite feito por outra agremiação. Se acontecer uma derrota na Justiça, nós temos que sair do partido”, comentou. A derrota, citada pelo parlamentar eleito, remonta a uma possível decisão da Justiça de reconduzir Eduardo Machado à direção nacional do PHS. Como feito anteriormente, Machado poderia tirar Muniz da presidência da sigla na Bahia.
Na base de Rui Costa (PT), mas com 4 vereadores ligados a ACM Neto (DEM) em Salvador, o deputado estadual eleito sugere que o movimento de mudar de partido ao lado de aliados poderia isolar os edis da capital baiana. “Os membros do PHS em todo o estado estão comigo. Apenas os vereadores de Salvador não, mas a base que elegeu eles na cidade estão comigo e mudam comigo”, garantiu.
O futuro incerto do PHS-BA ainda envolve outra variável. Por não ter ultrapassado a cláusula de barreira em 2018, a sigla pode se fundir, em breve, com o PRP e o PMN. Sobre o assunto, Muniz comenta: “Estou em contato com a [executiva] nacional, mas espero o fim do imbróglio político para decidir [o futuro]”. De todos os caminhos possíveis, o PHS como é conhecido hoje no estado está ameaçado.
Por Lucas Arraz