Julian Assange, fundador do WikiLeaks, conseguiu uma vitória significativa em sua luta contínua contra a extradição para os Estados Unidos. Os juízes do Tribunal Superior de Londres autorizaram Assange a apresentar um recurso contra a decisão de extradição.
Dois juízes decidiram adiar uma decisão final em março, permitindo que Assange leve seu caso para uma nova audiência. Este adiamento foi condicionado à capacidade da administração Biden de fornecer garantias específicas, incluindo o respeito à Primeira Emenda dos Estados Unidos, que protege a liberdade de expressão, e a promessa de que Assange não seria prejudicado em seu julgamento devido à sua nacionalidade. Além disso, foi garantido que a pena de morte não seria aplicada.
A audiência desta segunda-feira (20) focou na questão das proteções da Primeira Emenda. A equipe jurídica de Assange aceitou a garantia de que a pena de morte não seria imposta, classificando-a como uma “promessa executiva inequívoca”.
Assange, que enfrenta 17 acusações de espionagem e uma de uso indevido de computador, pode ser condenado a até 175 anos de prisão se for extraditado e julgado nos EUA. As acusações estão relacionadas à publicação de um grande volume de documentos confidenciais dos Estados Unidos há quase 15 anos.
Os promotores dos EUA alegam que Assange incentivou e ajudou Chelsea Manning, analista de inteligência do exército dos EUA, a roubar e divulgar telegramas diplomáticos e arquivos militares através do WikiLeaks, colocando diversas vidas em risco.