O prazo está atrelado ao pedido de demissão de Wajngarten protocolado pelo um partido político
A Justiça deu prazo de 5 dias úteis para o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, manifestar-se sobre ação movida pelo Psol denunciando suposto conflito de interesses na Secom. Wajngarten possui uma empresa que presta serviços a contratadas pelo governo, conforme mostraram reportagens da Folha de S.Paulo.
O prazo está atrelado ao pedido de demissão de Wajngarten protocolado pelo Psol na última quinta-feira (16). O pedido de manifestação foi assinado pela juíza Solange Salgado, da 1ª Vara da Seção Judiciária do DF. Eis a íntegra.
Reportagem da Folha revelou que Wajngarten detém 95% da FW Comunicação, que possui contratos com empresas que prestam serviços à Secom. Ele afirma que se afastou da administração da FW antes de assumir o cargo. Agenda oficial do ministro indica que ele teve 67 encontros com clientes da empresa desde sua nomeação.
Nesta segunda-feira, a Folha publicou outra reportagem sobre o caso, indicando que a maior parte do orçamento da secretaria foi destinada a uma agência cliente da FW. A Secom divulgou uma carta contestando a reportagem. O chefe da Secom compartilhou trechos no seu Twitter.
Além da Justiça do DF, a Comissão de Ética Pública da Presidência também analisa a situação de Wajngarten. O colegiado deve se manifestar no próximo dia 28. Durante a gestão de Dilma, foram 3 casos semelhantes ao do chefe da Secom.
Perguntado sobre o tema, em 16 de janeiro, Bolsonaro disse que “está tudo legal com o Fabio”. O presidente também é citado como réu na ação protocolada pelo Psol na Justiça Federal no DF.
Os outros citados são Samy Liberman (secretário-adjunto da Secom e irmão do atual gestor da FW), Mauro Biancamano (secretário-executivo do Desenvolvimento Regional), Onyx Lorenzoni (ministro da Casa Civil) e a União.