O ex-ministro José Dirceu tem atuado nas articulações de Lula (PT) com partidos de centro e de centro-direita, e do final do ano para cá esteve com parlamentares do PSDB, como o senador José Aníbal (SP), com quem já se reuniu duas vezes, além de outros tucanos da mesma geração.
Nesses encontros, Dirceu tem feito a contraposição entre o petista e Jair Bolsonaro (PL) para enfatizar a importância da vitória já no primeiro turno contra o autoritarismo que, segundo ele, o presidente representa.
Ele também tem falado da construção de uma base política sólida, para além da esquerda, para resistir a qualquer impulso antidemocrático que Bolsonaro e seus aliados possam ter em caso de derrota.
No momento, os tucanos mantém a aposta em diferentes candidatos da terceira via, como Simone Tebet (MDB), no caso de José Aníbal, e João Doria (PSDB).
Dirceu é um dos principais defensores no PT de uma aliança com siglas e parlamentares de fora da esquerda. Ele tem tomado a frente no apoio à chapa com Geraldo Alckmin, por exemplo.
O principal representante do campo contrário à aliança com o ex-tucano é o deputado federal Rui Falcão, que disse ao jornal Folha de S.Paulo que ele representa uma contradição a tudo o que o partido fez e quer fazer.
“Lula não precisa de uma muleta eleitoral”, afirmou o parlamentar.