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segunda-feira 2 de janeiro de 2023 às 06:50h

José Dirceu assiste à terceira posse de Lula na grama da Esplanada, revela jornal

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Homem forte do primeiro governo do PT, o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu assistiu à terceira posse de Luiz Inácio Lula da Silva, neste domingo, 1.º, no meio da multidão, na Esplanada dos Ministérios. Vinte anos após ter subido a rampa do Palácio do Planalto com Lula, em 2003, Dirceu agora só atua nos bastidores, informa Vera Rosa, Adriana Fernandes e Vinícius Valfré, do jornal O Globo.

Na campanha eleitoral de 2022, o ex-ministro fez articulações políticas em vários Estados e conversou com empresários que queriam suas opiniões sobre como seria um governo Lula 3, mas provocou ciúmes em dirigentes do PT, partido que presidiu durante quase oito anos. Abatido pelo escândalo do mensalão, em 2005, Dirceu ainda está inelegível.

“E pensar que saí do governo, fui cassado e condenado com base na palavra de Roberto Jefferson”, afirmou Dirceu ao Estadão, no ano passado, após a prisão de Jefferson por tentativa de homicídio contra agentes da Polícia Federal.

No Salão Nobre do Planalto, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) circulava entre os convidados que prestigiavam a posse de Lula, neste domingo. “Meu pai preferiu ficar na grama se divertindo”, disse ele, ao ser questionado pelo Estadão onde estava o ex-chefe da Casa Civil. Sucessora de Dirceu no ministério, a presidente cassada Dilma Rousseff se acomodou na primeira fileira do salão e posou para várias selfies, mas não tantas quanto as pedidas para o ex-BBB Gil do Vigor.

Nos braços do povo

Não foi só Dirceu, porém, que tomou a decisão de ficar “na grama”. Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula nos dois mandatos, também assistiu à posse com a multidão que se aglomerou na Esplanada – 40 mil, segundo os organizadores – e levou os filhos a tiracolo.

Conselheiro de Lula e ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência na gestão de Dilma Roussseff, Gilberto trabalha hoje no PT. Na campanha, ele atuou para aproximar o então candidato dos religiosos, tarefa que pretende continuar agora, com Lula de volta ao governo.

À tarde, enquanto o presidente tomava posse no Congresso, muitos convidados do Planalto acompanhavam tudo em telões. Houve gritos e choros de emoção perto das colunas do edifício projetado por Oscar Niemeyer quando o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) declarou Lula oficialmente empossado. A comemoração foi como a de um “gol” do Brasil em Copa do Mundo.

Sentada em cadeiras de ferro entre a rampa e o Parlatório, a torcida petista reagia negativamente, no entanto, às aparições do procurador-geral da República, Augusto Aras, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ambos foram vaiados quando surgiram nos telões.

Na plateia também estava o marqueteiro Mário Milani, criador do “L”, gesto formado pela junção do polegar com o indicador, para simbolizar Lula. “A ideia de como fazer a campanha a custo zero nasceu em 1989″, disse ele. “Fazíamos carimbo do “L” para pichações. Hoje, virou um gesto conhecido até no exterior.”

Alívio

Vestida como Marilyn Monroe, a drag queen Salete Campari compareceu a todas as posses de Lula. “No primeiro mandato, ele empoderou o movimento LGBTQIA+. No segundo, também. Agora, deu uma secretaria (no Ministério dos Direitos Humanos). No governo anterior, só tivemos discriminação e preconceito”, afirmou Campari, que mora em São Paulo.

Algumas fileiras atrás estavam os humoristas Welder Rodrigues e Paulo Vieira, a cantora Paula Lima e a apresentadora Bela Gil. “A gente ficou quatro anos com um hiato de representação. Hoje é um dia de alívio”, resumiu Rodrigues.

No segundo andar do Planalto não havia ângulo possível para que todos assistissem à tão aguardada subida de Lula na rampa. Drones e helicópteros sobrevoavam o céu de Brasília, a Orquestra Sinfônica Músicos pela Democracia já entoava os primeiros acordes de O Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa-Lôbos, e uma imensa Bandeira do Brasil era estendida por apoiadores do petista, na Praça dos Três Poderes. O relator-geral do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), não teve dúvida: aos 72 anos, subiu na cadeira para ampliar o campo de visão.

O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se sentou sozinho, no fundo do Salão Nobre. Escolhido para o cargo pelo então presidente Jair Bolsonaro, Campos Neto parecia isolado. Foi Bolsonaro quem sancionou a lei que deu autonomia ao Banco Central e estabeleceu um mandato para o presidente da instituição. Campos Neto fica à frente do BC até 2024, quando Lula poderá indicar outro nome.

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