A jornalista Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle e que estava com a vereadora no carro naquele atentado, comenta a decisão de Jean Wyllys em abandonar o mandato e o país com receio de também ser alvo de violência.
Ela conta que Marielle se impressionava com a vida de clausura de Jean.
“Não raramente os cariocas podiam encontrar parlamentares do PSOL nas atividades extra-agenda parlamentar, como como shows, cinemas ou até na praia. Menos o Jean. Não eram raras as vezes em que Marielle comentava sobre o quanto difícil e triste se tornara a vida do Jean e o quanto ela não suportaria viver assim, sob esse vulto da ameaça e do medo”.
E complementou:
“Jean Wyllys, assim como Marielle, são alvos preferenciais de criminosos de extrema direita, que não possuem capacidade de lidar com a diversidade, com o debate de ideias. E, por não suportarem o contraditório, agem como primatas: ameaçam, fazem terrorismo e até assassinam, aqueles que jamais conseguiriam derrotar num debate franco”.