Morreu, na madrugada desta sexta-feira (14) aos 76 anos, o jornalista Clóvis Rossi, colunista do jornal Folha de S. Paulo. A informação foi confirmada pela Folha. Rossi estava em sua casa, em São Paulo, onde se recuperava de um infarto que sofreu na última semana.
O jornalista deixa mulher, três filhos e três netos. Rossi atualizou a coluna pela última vez no dia 7 de junho, quando publicou o texto “As meninas do Brasil, nada poderosas”, sobre a má colocação do Brasil em ranking de igualdade de gêneros da ONG Equal Measures 2030.
“A Folha e o jornalismo brasileiro perdem um de seus principais e mais premiados repórteres, certamente o mais experiente. Clovis era admirado por gerações de profissionais por sua independência de pensamento, disposição e rapidez de trabalho e qualidade de cobertura. Vai fazer muita falta”, declarou o diretor de Redação da Folha, Sérgio Dávila.
Rossi atuava no jornalismo desde 1963. Ele passou pelas redações dos jornais Correio da Manhã, O Estado de S. Paulo, Jornal da República e Jornal do Brasil, além das revistas IstoÉ e Autoesporte. Também teve um blog no espanhol El País e estava desde 1980 na Folha de S. Paulo.
Escreveu os livros “Clóvis Rossi, Enviado Especial, 25 Anos ao Redor do Mundo” e “O que é Jornalismo”. Entre prêmios jornalísticos que recebeu, a Folha destacou o Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, e o da Fundação Nuevo Periodismo Ibero-Americano, criada por Gabriel García Márquez.