O martelo foi batido nesta quinta no encontro entre Bolsonaro e ACM Neto
O presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou nesta quinta-feira (4) que o partido pode aderir à futura base aliada do governo federal, mas jornal diz que o acerto já estaria concretizado.
Segundo Neto na saída da reunião com Jair Bolsonaro, o Democratas que detém três pastas na Esplanada dos Ministérios, deve tratar do assunto com “absoluta naturalidade”.
“Ser base, formalmente ou não, é algo que pode ocorrer com absoluta naturalidade e que vai acontecer no momento em que houver uma deliberação da executiva do partido”, afirmou.
O dirigente da legenda disse que as conversas sobre uma eventual adesão vão “avançar naturalmente”, uma vez que o partido prega um “ambiente positivo e construtivo na relação com o presidente”.
Presente no encontro, promovido no Palácio do Planalto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, disse ser favorável a uma adesão da sigla à base aliada.
“Não há nenhum obstáculo [para a adesão], mas para tudo tem uma regra. O que se está fazendo hoje é ouvir os dirigentes do partido, que posteriormente vão consultar as suas executivas nacionais”, disse.
Nos bastidores, integrantes da sigla avaliam que uma adesão deve enfrentar resistência por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que protagonizou um desentendimento público com Bolsonaro.
Para arrefecer os ânimos, a cúpula do partido têm costurado um encontro entre ambos para a próxima semana. Por enquanto, no entanto, Maia tem recusado uma aproximação neste momento com o Palácio do Planalto e prefere que um encontro ocorra mais para frente.
“Maia é um homem de espírito público e que quer ajudar o país. Ontem, já disse que, sempre que convocado pelo presidente, vai conversar. São duas pessoas maduras e responsáveis. E eu sempre vou defender o diálogo entre os presidentes”, disse ACM Neto.
O presidente nacional do DEM também não descartou a possibilidade do partido fechar questão em torno da reforma previdenciária. A bancada federal da legenda é composta por 27 deputados federais e por 6 senadores.
“A decisão tem relação com o texto que for votado no plenário da Câmara dos Deputados. É possível que o texto enviado pelo governo federal sofra alterações. Se o texto tiver o apoio majoritário do partido, podemos avançar para propor o fechamento de questão”, disse.
Nesta quinta-feira (5), Bolsonaro teve encontros separados com os dirigentes do PSDB, DEM, PP, PSD e PRB. Nas reuniões, o presidente acenou que passará a partir de agora a ter uma postura mais presente no diálogo com o Poder Legislativo.
Em mensagem nas redes sociais, o presidente disse que o diálogo com os dirigentes dos partidos ocorreu “em alto nível” e não discutiu a oferta de cargos no Poder Executivo.
“Executivo e Legislativo unidos por uma causa que representa o futuro de nossos filhos e netos: a nova Previdência”, escreveu.