O presidente Jair Bolsonaro disse neste último sábado (21) que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, é um bom nome para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele voltou a elogiar outro possível indicado, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Mendonça. Mas, quando questionado sobre o ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que é preciso ver como está a aceitação dele no Senado, a quem cabe aprovar as indicações para o STF.
— Um bom nome. O Jorge está comigo acho que há uns 10, 12 anos — disse Bolsonaro.
O presidente poderá apontar dois nomes até o fim do seu mandato. A primeira vaga estará aberta em novembro de 2020, quando o ministro Celso de Mello fará 75 anos e, por isso, terá que se aposentar. A outra vaga surgirá em julho de 2021, quando o ministro Marco Aurélio Mello também fará 75 anos.
O ministro Jorge de Oliveira trabalha com Bolsonaro há mais de dez anos e, hoje, é considerado o ministro mais forte no Planalto. Nos bastidores, a aposta é que Bolsonaro apontará um nome “terrivelmente evangélico” para a primeira vaga.
Jorge ficaria com a segunda, frustrando os planos de Moro, que aceitou o cargo de ministro da Justiça já tendo em vista uma futura indicação para o STF.
Bolsonaro, que já tinha admitido em entrevista à Veja a possibilidade de ter Moro como candidato a vice-presidente em 2026, disse neste sábado que é muito cedo para pensar nisso. Questionado se indicará Moro ao STF, respondeu:
— Para indicar alguém para o STF, tem que ver como está a aceitação dele no Senado. Hoje em dia eu responderia para vocês: ele passaria no Senado? A votação é secreta.
Perguntado se o nome dele passaria pelo Senado hoje, o presidente disse:
— Não sei, tem que sondar o Senado.
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Sobre os nomes que vai indicar, disse que um deles será “terrivelmente evangélico”, para ter alguém do “outro lado” no STF.
— De onde é que apareceu isso aí? Quando o Supremo decidiu tipificar homofobia como se racismo fosse.