Apesar de querer instaurar uma nova relação com o Brasil, o governo de Joe Biden manteve conforme a coluna de Jamil Chade, no portal Uol, uma postura histórica dos EUA e não saiu em defesa da entrada do país sul-americano como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Na nota final publicada pelos dois governos após o encontro entre Biden e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a reforma da ONU é mencionada. Mas sem citar qualquer endosso a uma candidatura brasileira, como pressiona o Itamaraty há anos.
Com cinco membros permanentes, o Conselho é alvo de duras críticas por criar uma classe privilegiada de países com poderes de vetar decisões mundiais. O Brasil, assim como outros governos, querem uma reforma da instituição para ser mais representativo do equilíbrio internacional. Mas, desde os anos 90, o projeto não avança.
“Os presidentes Lula e Biden tencionam fortalecer a cooperação em instituições multilaterais, inclusive no contexto da vindoura presidência brasileira do G20”, diz a nota.
“Os dois líderes expressaram a intenção de trabalhar juntos para uma reforma significativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como a expansão do órgão para incluir assentos permanentes para países na África e na América Latina e Caribe, de modo a torná-lo mais representativo dos membros da ONU e aperfeiçoar sua capacidade de responder mais efetivamente às questões mais prementes relacionadas à paz e à segurança globais”, afirmam.
O texto, portanto, deixa em aberto quem seria o representante de cada uma das regiões e não se compromete com uma candidatura brasileira.