Joe Biden incluiu nesta quarta (15) o Primeiro Comando da Capital (PCC) na lista de organizações que sofrem sanções dos Estados Unidos por envolvimento com o tráfico internacional de drogas.
O presidente incluiu na lista o PCC e quadrilhas da China e do México por meio de uma ordem executiva, instrumento semelhante ao decreto presidencial.
O texto da ordem executiva foi publicado no site da Casa Branca, e o nome das organizações, como o do PCC, está no site do Departamento de Tesouro. Confira:
“As organizações criminosas transnacionais contribuem diretamente para dezenas de milhares de mortes por overdose de drogas nos Estados Unidos a cada ano e afetam adversamente as comunidades americanas e a prosperidade econômica”, escreveu Biden na ordem executiva.
“Elas também ameaçam a segurança nacional dos Estados Unidos, degradando a segurança e a estabilidade de nações aliadas e parceiras, minando o Estado de direito, promovendo a corrupção, agindo como representantes de atividades estatais hostis, financiando direta ou indiretamente grupos insurgentes e terroristas, esgotando recursos naturais, prejudicando a saúde humana e o meio ambiente, contribuindo para as mudanças climáticas por meio do desmatamento e extração ilegal de madeira, e explorando e colocando em risco as populações vulneráveis”, acrescentou.
O Departamento de Tesouro classificou a quadrilha brasileira assim: “O ‘First Capital Command’ (também conhecido como “PCC”, “Primeiro Comando da Capital”) é o grupo de crime organizado mais poderoso do Brasil e está entre os mais poderosos do mundo. O PCC surgiu em São Paulo na década de 1990 e abriu um caminho sangrento ao domínio por meio do tráfico de drogas, bem como lavagem de dinheiro, extorsão, assassinato de aluguel e cobrança de dívidas de drogas”.
A ordem executiva permite ao Tesouro sancionar estrangeiros que recebam intencionalmente riqueza derivada do tráfico de drogas.
Em nota à imprensa, a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília afirmou que “[e]ssas sanções limitam severamente a capacidade dessas entidades ou indivíduos de utilizar o sistema financeiro dos EUA ou se engajar com outros indivíduos ou entidades norte-americanas para conduzir suas atividades. Elas também são ferramentas significativa para interromper as atividades financeiras de organizações criminosas”.