O presidente americano, Joe Biden, e seu contraparte chinês, Xi Jinping, planejam reunir-se virtualmente “antes do fim do ano”, disse nesta quarta-feira (6) um alto funcionário da Casa Branca.
Há um “princípio de acordo” para um encontro “virtual bilateral”, disse o funcionário a jornalistas sob a condição de ter sua identidade preservada.
“O presidente disse que seria agradável ver Xi, o que não tem feito há alguns anos”, disse o funcionário.
“Esperamos que tenham a possibilidade de se ver, embora seja apenas de forma virtual”.
O funcionário citou informações da imprensa de que Xi não participará da próxima reunião de líderes do G20 em Roma, que teria sido um lugar natural para que Biden organizasse uma reunião bilateral.
A reunião virtual foi anunciada depois que o assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, se reuniu em Zurique com o máximo diplomata chinês, Yang Jiechi. O alto funcionário disse que estes diálogos duraram seis horas.
A viagem de Sullivan reafirma a melhora dos contatos entre Pequim e Washington, já que Biden defende estabelecer “barreiras de segurança” para a tensão crescente entre as duas potências, que aumenta diante da postura agressiva da China em relação a Taiwan, a decisão dos Estados Unidos de vender submarinos nucleares para a Austrália, disputas comerciais e pelas violações dos direitos humanos contra os uigures em Xinjiang.
Na segunda-feira, a representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai, disse que em breve conversaria com seu contraparte chinês, pois uma disputa comercial maciça continua sem um final à vista.
Após a reunião em Zurique, Sullivan visitará Bruxelas e Paris, onde também “informará sobre sua reunião com o diretor Yang a nossos aliados e sócios europeus”, antecipou a Casa Branca.
Biden, que conhece Xi há anos, manteve duas conversas por telefone com o líder chinês desde que assumiu a Presidência. A segunda, que durou 90 minutos, ocorreu no mês passado.