O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou neste domingo (8) sobre a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria. O democrata comemorou o feito, alegando que o governo do ex-presidente “brutalizou, torturou e matou centenas de milhares de sírios”, mas alertou sobre os riscos e incertezas do futuro.
“A queda desse regime é um ato de justiça. É um momento histórico de oportunidade para as pessoas da Síria, para que elas vejam o futuro do seu país, e é também um momento de risco e incerteza. Todos se perguntam agora o que virá a seguir”, disse Biden em pronunciamento.
Segundo ele, os EUA trabalham com parceiros no Oriente Médio e partes interessadas na Síria para encarar o momento atual e gerenciar os riscos. “Durante anos, muitos apoiaram o Assad, incluindo Irã, Hezbollah e Rússia, mas esse apoio caiu nas últimas semanas. Todos esses três apoios caíram, porque todos acabaram sendo ameaçados em suas posições”, expôs Biden.
O presidente norte-americano alega que o ataque do Hamas a Israel, em outubro de 2023, fez o mundo perceber “o risco do Irã e de seus prepostos na região”. Os conflitos crescentes enfraqueceram todos eles, na visão de Biden, assim como a Rússia, que segue em guerra contra a Ucrânia.
“Pela primeira vez, agora, os russos, o Irã e o Hezbollah, não puderam mais apoiar o regime da Síria. Isso é um resultado direto dos ataques na Ucrânia, em Israel e a todas as pessoas que lutam por sua defesa”, aponta Biden.
Queda do regime de Assad
Os rebeldes sírios, liderados por radicais islâmicos, tomaram o poder neste domingo (8), depois de mais de 13 anos de uma guerra civil sangrenta. Em anúncio na TV pública do país, eles confirmaram a queda do regime e ocupação da capital Damasco neste domingo.
Bashar al-Assad, cujo paradeiro era desconhecido até o início desta tarde, está em Moscou, na Rússia. Ele surgiu ao lado do presidente Vladimir Putin. A informação foi divulgada pela mídia estatal russa. O regime ditadorial de Assad durou 24 anos.