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domingo 16 de junho de 2019 às 07:58h

Joaquim Levy pede demissão do BNDES após ameaça de Bolsonaro

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Após críticas duras e diretas do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu a demissão do cargo. Em carta endereçada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Levy pediu afastamento do cargo.

“Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda”, destacou o economista, em trecho da carta revelada pelo jornal O Globo.

“Agradeço ao ministro o convite para servir ao País e desejo sucesso nas reformas. Agradeço também, por oportuno, a lealdade, dedicação e determinação da minha diretoria. E, especialmente, agradeço aos inúmeros funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco, possibilitando que ele responda plenamente aos novos desafios do financiamento do desenvolvimento, atendendo às muitas necessidades da nossa população e confirmando sua vocação e longa tradição de excelência e responsabilidade”, prossegue a carta.

Jair Bolsonaro disse neste sábado (15) que poderia demitir o presidente do BNDES na segunda-feira (17/06/2019) porque ele teria pedido a demissão do novo diretor de Mercado de Capitais da instituição financeira, Marcos Pinto, considerado pelo chefe do Planalto alguém “suspeito” .

“O Levy nomeou Marcos Pinto para o BNDES e eu já estou por aqui com o Levy. Falei pra ele: ‘Demite esse cara ou eu demito você segunda sem falar com o Guedes’”, contou. Pinto trabalhou como assessor do banco no governo PT. Bolsonaro disse, ainda, que “Levy estava com a cabeça a prêmio”.

Na sequência, também por meio de carta, Barbosa Pinto pediu sua demissão a Joaquim Levy. Pinto disse que decidiu deixar o banco de fomento em razão do “descontentamento manifestado” pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na tarde deste sábado (15).

O próprio Joaquim Levy também fez parte de governos petistas. Na primeira administração de Lula, ele secretário do Tesouro sob o comando do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Na gestão de Dilma Rousseff, ele foi o ministro da Fazenda.

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