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Após o vice-governador João Leão (PP) lançar no mês de maio sua pré-candidatura a deputado federal para as eleições de outubro, ao ceder sua vaga na disputa ao Senado Federal ao seu filho, Cacá Leão (PP), na chapa liderada por ACM Neto (UB), o que mais se comenta no meio político é que João Leão poderá se tornar o deputado federal mais votado na Bahia em 2022.
Leão foi deputado federal por cinco mandatos consecutivos, durante 20 anos.
“A intenção é ajudarmos ainda mais nossa Bahia, eu na Câmara Federal, ele [Cacá] no Senado e ACM Neto no governo do estado. Meu filho Cacá já ocupou o meu espaço uma vez, agora eu volto novamente a ocupar o espaço do passado [a Câmara dos Deputados]”, disse o vice-governador durante a coletiva de imprensa onde comunicou que iria ceder a vaga para Cacá.
Na Câmara dos Deputados, João Leão integrou comissões e subcomissões técnicas, e contribuiu com projetos como a revitalização da Bacia do São Francisco, da Reforma Tributária, além do projeto da Ferrovia Oeste Leste (FIOL), que ligará o futuro porto de Ilhéus (no litoral baiano) a Figueirópolis (em Tocantins), ponto em que se conectará com a Ferrovia Norte Sul.
Em 2000, durante seu segundo mandato, Leão foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial. No governo Lula, Leão foi o líder do seu partido na Câmara.
Cacá ao Senado
Leão exalta a “juventude” de Cacá Leão como uma qualidade eleitoral, mas garante que não foi por isso que o Progressistas escolheu seu filho para substituí-lo na disputa pelo Senado.
O pré-candidato à Câmara dos Deputados afirma que nunca teve um padrinho político, mas defende o apadrinhamento familiar como uma coisa natural da política partidária.
“Quero dizer a vocês que nunca tive padrinho político na vida. Neto teve o avô dele, ACM. Cacá tem o pai dele, que é João Leão. E eu sempre fui eu próprio. Eu abri meu caminho. Mas não vejo problema nenhum no padrinho político. O filho do carpinteiro quer ser o que? Carpinteiro. O filho do médico é, geralmente, médico. O filho do advogado, advogado, e assim sucessivamente. Neto, com um mês de idade, respirava política na casa dele. Cacá respirava política. Eu tinha 11 empresas na minha vida e fiz de tudo para Cacá ir tomar conta das empresas, mas ele queria a política”, relatou o vice-governador João Leão em maio, quando se lançou para ser deputado.
