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terça-feira 2 de março de 2021 às 14:05h

João Doria prepara mais restrições para SP

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), marcou para logo mais às 16h desta terça-feira (2) reunião com prefeitos de todo o Estado e secretários de várias pastas em que deve preparar o terreno para o anúncio de novas medidas restritivas no enfrentamento da pandemia de covid-19.

O secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, saiu na frente ao defender, em entrevista, por exemplo, o fechamento das escolas, depois de menos de um mês de sua reabertura em todo o Estado. Ele disse ser contra um lockdown estrito porque isso, sem auxílio emergencial e com a economia já em frangalhos, seria condenar pessoas a morrerem de fome.

Doria vai sentir o pulso dos prefeitos para não anunciar nenhuma medida que seja questionada ou até descumprida por vários municípios. Tenta, assim, evitar o desgaste político de tomar uma decisão sozinho e arcar com as críticas.

O governador tem tido tropeços na tentativa de se equilibrar entre o discurso de que segue a Ciência e os protocolos de Saúde na tomada de decisões e medidas ou gestos que resvalam para opções de cunho apenas político, como a liberação do funcionamento de templos religiosos na fase mais dura das restrições, ou simplesmente são contraditórias, como sua ida a Miami no início do ano.

Jair Bolsonaro tem explorado essas contradições e também tem feito carga sobre os governadores que, como o tucano paulista, anunciam novas medidas restritivas ao funcionamento de atividades comerciais e industriais.

Entre a cruz e a caldeirinha, os governadores têm elevado o tom em resposta ao presidente e buscado respaldo junto ao STF, com ações como a que resultou na decisão da ministra Rosa Weber que obriga a União a reabrir leitos de UTI, ou ao Congresso, com eventos como a reunião desta terça com o presidente da Câmara, Arthur Lira.

A expectativa no Palácio dos Bandeirantes com a reunião de hoje, que acontecerá virtualmente às 16h, é que os próprios prefeitos tomem a frente e peçam para o governo do Estado ajudá-los a segurar a circulação de pessoas nas cidades, dada a iminência ou a já ocorrência de colapso no sistema de saúde.

Isso dará a Doria uma narrativa para anunciar novas medidas. Neste momento, o maior dissenso dentro da equipe do governo é quanto à suspensão das aulas: o secretário Rossieli Soares ainda tenta argumentar pela manutenção da autorização para o funcionamento híbrido do ensino, nem que para isso seja necessário apertar ainda mais outras atividades, mas a ocorrência de casos em escolas e universidades tem levado prefeitos e mesmo auxiliares de Doria a pregar a volta ao ensino totalmente remoto.

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