A relação entre o vereador Henrique Carballal (PDT) e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem se estreitado, principalmente após as eleições de 2022. E, de acordo com informações publicadas por Leonardo Almeida, do Bahia Notícias, a aproximação entre os dois pode render um importante cargo no segundo escalão do governo, a presidência da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), que vinha sendo almejada pelo PV.
Segundo informações, Jerônimo e Carballal se encontrarão ainda nesta semana para concluir as tratativas. Dentro do governo, existe a expectativa de que o vereador seja nomeado na CBPM ainda nesta semana, antes do governador viajar para a China.
Além do cargo na Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, Carballal também chegou a ser veiculado na Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS) e no Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que ficou com a ex-secretária de Meio Ambiente (Sema), Márcia Telles.
Com a possível ida à CBPM, Carballal também cumpriria um “acordo” com o seu suplente, Randerson Leal (PDT), que já chegou a assumir o mandato em abril do ano passado, durante a campanha das eleições majoritárias. O acordo entre os dois passaria por uma “alternância” no cargo de vereador, com Randerson assumindo a vaga agora em 2023 e, também, em 2024.
Na semana passada, em coletiva de imprensa, Jerônimo indicou que Carballal deveria mesmo ir para um órgão na administração estadual. Na ocasião, o governador disse “fazer questão” de ter o pedetista próximo a ele.
Lídice e PSB com Carlos Tramm
No início deste mês, articuladores do PV reforçaram que o espaço do partido na CBPM estava “garantido”, mas acrescentaram que a indicação da legenda sofria um entrave por conta de uma articulação da presidente estadual do PSB, a deputada federal Lídice da Mata.
Uma das exigências da parlamentar seria de alocar o atual presidente Antônio Carlos Tramm em um cargo do governo federal. Contudo, o atual diretor da CPMB não iria para Brasília e ficaria na Bahia, sendo o titular de alguma superintendência vinculada à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente do PV, Ivanilson Gomes, tem ido a público comentar a insatisfação da legenda com a “falta de espaço” na gestão de Jerônimo. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, na rádio Salvador FM 92,3, o gestor afirmou que, por enquanto, o PV “está fora” do governo, não das decisões do mandato.