A JBS, segunda maior indústria de alimentos do mundo, anunciou nesta quarta-feira, 23, a criação de um fundo de até 1 bilhão de reais para apoiar o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Segundo a revista Exame, o fundo faz parte de um projeto que inclui o monitoramento dos fornecedores de seus fornecedores de animais para corte, a fim de garantir que não está comprando carne de quem desmata e queima o bioma amazônico para criar bois e porcos.
O fundo vai financiar iniciativas para ampliar a conservação da floresta e apoiar as comunidades que vivem na região amazônica. A JBS vai fazer um aporte de 250 milhões de reais no fundo nos primeiros cinco anos e convidará parceiros a contribuir também, comprometendo-se a igualar sua contribuição às doações de terceiros na mesma proporção. Assim, os recursos do fundo podem chegar a 1 bilhão de reais até 2030.
Serão contemplados projetos em três frentes: conservação e restauração da floresta, desenvolvimento socioeconômico das comunidades, e desenvolvimento científico e tecnológico. O fundo será presidido por Joanita Maestri Karoleski, ex-presidente da Seara, e terá suas ações planejadas por um conselho consultivo e um técnico. No consultivo, estão executivos como Alessandro Carlucci, ex-presidente da Natura, uma empresa conhecida pelas ações de sustentabilidade na Amazônia, e o ambientalista Fábio Feldman. Do técnico fazem parte Virgilio Viana, superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável, e Maria Daniele de Jesus Teixeira, professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
“Este é um movimento de dentro para fora da JBS. Ouvimos acadêmico, empresários do agronegócio, instituições financeiras, iniciativa pública e privada”, disse, em apresentação online para a imprensa, Gilberto Tomazoni, presidente da JBS.