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domingo 3 de abril de 2022 às 06:29h

Janela partidária fortalece PL e União Brasil em disputas nos estados

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O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e a União Brasil foram as legendas conforme a Folha de S. Paulo, que mais se fortaleceram para as disputas de governos estaduais na janela partidária, prazo para que políticos com mandato mudem de sigla sem sofrer punições.

Com o encerramento do prazo para mudança de partido nesta sexta-feira (1º), o PL passa a ter 15 pré-candidatos governador e a União Brasil chega a 13 postulantes a governos estaduais.

O PL terá candidatos próprios em 8 dos 10 maiores colégios eleitorais do país, apoiando nomes de partidos aliados em São Paulo e Ceará. As candidaturas mais competitivas do novo partido de Bolsonaro, dentre os maiores estados, estão no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Dos 15 pré-candidatos do PL, 4 já estavam no partido antes da filiação de Bolsonaro em novembro: Cláudio Castro (RJ), Jorginho Mello (SC) Anderson Ferreira (PE) e Josimar de Maranhãozinho (MA).

Os demais chegaram na esteira da filiação do presidente, oito deles durante a janela partidária, e vão concorrer em importantes colégios eleitorais como Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul.

“O PL cresceu de forma consistente em todos os estados. Saímos da janela partidária com uma vitória inconteste dos partidos aliados ao presidente Bolsonaro”, afirma o líder do PL na Câmara, deputado federal Altineu Côrtes, que elogiou trabalho de articulação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do presidente do partido Valdemar Costa Neto.

Dentre os pré-candidatos a governador estão nomes próximos ao presidente como o ex-ministro Onyx Lorenzoni, que concorrerá no Rio Grande do Sul, e Vitor Hugo, pré-candidato em Goiás.

Em Minas Gerais, o senador Carlos Viana saiu do MDB e assinou a ficha de filiação do PL nesta sexta-feira após uma reunião com Bolsonaro em Brasília.

O movimento cria um palanque para a campanha de reeleição do presidente no segundo maior colégio eleitoral do país e esfria a relação de Bolsonaro com o governador Romeu Zema (Novo).

Zema, que chegou a pedir voto para o então candidato Bolsonaro nas eleições de 2018, teve relação próxima ao presidente nos dois primeiros anos de mandato. Desde o ano passado, contudo, vinha dando sinais de insatisfação em relação ao governo federal.

Na Bahia, quem se filiou ao partido foi o ex-ministro da Cidadania e pré-candidato ao governador, João Roma. Deputado federal em primeiro mandato, Roma era aliado de ACM Neto (União Brasil), mas rompeu com o antigo padrinho político ao assumir o cargo no governo Bolsonaro.

Ele deixou o Republicanos após o partido decidir apoiar ACM Neto na corrida pelo governo estadual. A legenda tenta indicar o candidato a vice da chapa liderada pela União Brasil.

Dentre os estados da região Norte, a novidade foi a filiação do senador Zequinha Marinho, que deve ser o principal opositor do governador Helder Barbalho (MDB), que tenta a reeleição.

A despeito de ter sido a legenda que mais perdeu deputados federais durante a janela partidária, a União Brasil conseguiu atrair para os seus quadros pré-candidatos a governador considerados competitivos.

Criado no fim do ano passado a partir da fusão entre o PSL e Democratas, a legenda terá a maior fatia do fundo eleitoral entre os partidos brasileiros, com cerca de R$ 1 bilhão para gastar no pleito deste ano.

“Nosso partido terá protagonismo. Além de uma bancada robusta no Congresso, teremos 13 pré-candidatos a governador, sendo a maior parte com muitas boas chances de vencer”, afirma o deputado federal Elmar Nascimento (BA), líder da União Brasil na Câmara.

Dos 13 nomes que vão concorrer pelo partido a governos estaduais, 8 não são oriundos de DEM e PSL e chegaram à legenda após a fusão. Dentre eles está o governador do Amazonas, Wilson Lima, que deixou o PSC para concorrer à reeleição em seu estado pela União Brasil.

Também estão entre as novidades nomes como o do senador Reguffe, que deixou o Podermos e deve concorrer ao governo do Distrito Federal, e o deputado federal Felipe Rigoni, que chegou à Câmara em 2018 amparado pelos movimentos de renovação e é pré-candidato a governador do Espírito Santo.

Outros quatro dos novos filiados vão concorrer a governador em estados da região Nordeste. Dois deles vieram em meio a uma articulação com o PP capitaneada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Em Alagoas, a União Brasil trouxe para os seus quadros o senador Rodrigo Cunha, que deixou o PSDB e deve concorrer ao governo de Alagoas com o apoio de Lira.

Movimento semelhante aconteceu no Piauí: o ex-prefeito de Teresina Sílvio Mendes filiou-se a União Brasil com o aval de Ciro Nogueira e será o candidato de oposição ao PT no estado. A ex-mulher do ministro, a deputada federal Iracema Portella, será a candidata a vice na chapa.

Um dos principais fiadores da candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, o PP aposta suas fichas na eleição para o Congresso e terá candidato a governador em apenas três estados: Acre, Roraima e Rio Grande do Sul. Neste último, concorre o senador Luis Carlos Heinze.

O PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem 13 pré-candidatos a governos estaduais, mas só um deles chegou ao partido nesta janela partidária: o ex-governador do Paraná Roberto Requião. Aos 81 anos, ele será o candidato de oposição ao governador Ratinho Júnior (PSD).

Os demais pré-candidatos a governador já eram do próprio partido, incluindo nomes novos como os dos ex-secretários estaduais Jerônimo Rodrigues, da Bahia, e Rafael Fonteles, do Piauí.

A governadora Fátima Bezerra disputa a reeleição no Rio Grande do Norte e o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad concorre em São Paulo.

Enfrentando uma crise nacionalmente com a disputa entre os presidenciáveis João Doria e Eduardo Leite, o PSDB trabalha para manter sua força nos estados e tem pré-candidatos a governador em 11.

A maioria deles já era do partido. Apenas César Silvestre Filho, pré-candidato no Paraná, e o senador Alessandro Vieira, que vai concorrer ao governo de Sergipe, se filiaram ao PSDB neste ano.

Outros nomes chegaram no ano passado, caso dos governadores Rodrigo Garcia (SP) e Ranolfo Vieira (RS), que assumiram o mandato em definitivo esta semana com as renúncias de Doria e Leite e devem concorrer à reeleição.

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