A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20) emocionou o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) em dois momentos. Segundo narrou o deputado bolsonarista Evair Vieira de Melo (PP-ES) a Augusto Tenório, colunista do Metrópoles, o ex-mandatário “se sensibilizou” quando o republicano falou sobre o Canal do Panamá e o sobre a necessidade de investimento em petróleo e energia. O parlamentar que acompanhou a transmissão com Bolsonaro em Brasília (DF).
O que está acontecendo:
- Trump assumiu seu segundo mandato como presidente dos EUA nesta segunda-feira (20/1);
- A equipe do republicano convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para os eventos de posse;
- O ex-mandatário, porém, está com passaporte detido desde o ano passado, quando foi alvo de uma operação da
- PF sobre suposta tentativa de golpe;
- O governo brasileiro foi representado pela embaixadora do país em Washington. PArlamentares de direita e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também foram.
“O discurso do Trump nos encheu de esperança. Objetivo e pragmático. Quis estar ao lado de Bolsonaro nesse momento, até para mostrar unidade, solidariedade e gratidão por tudo que ele já fez pelo Brasil. Saímos energizados e com a certeza que seremos vitoriosos em breve. (Ele disse que) ‘Trump teve ‘coragem’ quando tratou do Canal do Panamá e sobre a indústria de petróleo, que precisa ser potencializada”, disse Evair.
Durante seu discurso de posse, Trump afirmou que os Estados Unidos vão retomar o Canal do Panamá. O republicano questionou o cumprimento dos acordos comerciais pelo país localizado na América Central, onde está o canal.
“O espírito do nosso tratado foi totalmente violados. Navios americanos estão sendo severamente sobrecarregados e não estão sendo tratados de forma justa, e isso inclui a Marinha dos Estados Unidos. A China está operando o Canal do Panamá, e não o demos à China. Nós o demos ao Panamá. E estamos tomando de volta”, disse o republicano.
Ainda nesta segunda, o presidente dos Estados Unidos antecipou um decreto de emergência nacional de energia para impulsionar a produção de petróleo nacional. “Vamos jogar os preços para baixo, preencher nossas reservas estratégicas de novo e exportar o nosso óleo para todo o mundo”, disse.
Bolsonaro é alinhado à política de Donald Trump e aposta na volta do republicano à Casa Branca para ganhar um novo fôlego político e enfrentar os inquéritos dos quais é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente brasileiro foi convidado para a posse do estadunidense, mas não compareceu porque o ministro relator da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, Alexandre de Moraes, não liberou seu passaporte.