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O secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro, afirmou na tarde desta quarta-feira (21) em entrevista a Davi Lemos, do site Política Livre, que votará no ex-presidente Lula (PT) para presidente da República.
“Na verdade, estou reiterando posição que já havia tomado anteriormente”, disse Jabes, que lembrou que esta foi a realidade durante os 14 anos em que PT e PP mantiveram uma aliança na Bahia. “Estávamos, durante a aliança com o PT na Bahia, todos nós ou quase todos do PP na Bahia, com os nomes do PT à presidência”, declarou o dirigente, lembrando que votaram em Lula, em Dilma Rousseff e em Fernando Haddad, quando disputaram o Palácio do Planalto.
O dirigente do PP ainda afirmou que, na primeira reunião com ACM Neto, candidato a governador pelo União Brasil apoiado pelos progressistas, este posicionamento dele foi apresentado. “Na reunião que tivemos com Neto, com o vice-governador João Leão, os quatro federais, disse a Neto que muitos de nós iríamos votar em Lula. Neto disse que não haveria problema, pois já havia na aliança dele quem votaria em Lula, em [Jair] Bolsonaro ou em Ciro [Gomes]”, revelou Jabes Ribeiro.
O secretário-geral do PP no Estado ainda contou que esteve na reunião em que João Leão também participou no Instituto Lula, quando teria ficado definido que o vice-governador assumiria o governo para Rui disputar o Senado e Otto Alencar a sucessão do petista ao Palácio de Ondina. “Depois houve o rompimento, tudo o que todo mundo já sabe”, lembrou. Ele disse, entretanto, que o partido tem posicionamento independente e que possui candidatos que votam em Bolsonaro também.
O progressista também ressalta o favoritismo de ACM Neto na disputa pelo governo estadual. “Já sabíamos que Jerônimo Rodrigues cresceria na reta final, principalmente devido à força de Lula, mas não o suficiente para tirar a vitória de ACM Neto, que está com uma campanha muito bem sedimentada, com grande aceitação no interior e na capital”, analisou.
Cacá e bancadas
O dirigente do PP disse acreditar que Cacá Leão será eleito senador em 2 de outubro. “A Bahia tem o costume de definir a eleição de senador nos últimos dias. Na última eleição, Irmão Lázaro estava na frente de [Angelo] Coronel até a última semana, mas Coronel se elegeu senador”, recordou. Jabes disse que, embora faça um excelente mandato como deputado federal, Cacá ainda não era conhecido de todo o eleitorado baiano. “Mas, por onde ele anda, há percepção de eleição de seu nome”, salientou.
Sobre os principais concorrentes, Jabes disse respeitá-los. “Reconhecemos o trabalho de nossos adversários [Otto Alencar (PSD) e Raíssa Soares (PL)], mas vemos a possibilidade de virada na última semana”.
Ele tem também prognósticos otimistas para eleição das bancadas na Câmara e na Assembleia Legislativa. “Temos condições de eleger cinco federais”, avalia. Ele disse que os nomes favoritos seriam João Leão (que substitui Cacá), Neto Carletto (no lugar de Ronaldo Carletto), Mário Negromonte Júnior e Claudio Cajado. “Além desses quatro, elegeremos mais um”.
Para a Assembleia, ele vê a possibilidade de eleger sete nomes. Além de Eduardo Salles, Niltinho, Antônio Henrique Júnior e Nelson Leal, mais três deputados estaduais. “Estamos convencidos dessa possibilidade. Na última eleiçã0, também elegemos sete deputados estaduais”, comentou.
