Após surpreender passageiros com a anúncio da suspensão temporária de seus voos, a Itapemirim Transportes Aéreos se pronunciou na tarde deste sábado (18) sobre procedimentos de remarcação de voos cancelados.
Segundo a empresa, que só hoje tinha 30 voos programados para diferentes destinos, a prioridade será dada para passageiros que estejam fora de sua cidade de domicílio e precisem retornar para casa.
A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) informou também que a prioridade deveria ser a reacomodação de pessoas com necessidades especiais e menores desacompanhados que estavam em “processo de deslocamento”, entre a noite de sexta-feira (17/12) e a manhã deste sábado (18/12). As informações são do UOL.
A companhia aérea informou também em nota enviada à imprensa que os demais passageiros serão atendidos prioritariamente com reembolso total. Porém, ainda não foi informado o prazo para a devolução dos valores já pagos pelas passagens.
Sem licença para voar
A ANAC, que ontem mesmo suspendeu o Certificado de Operador Aéreo da Itapemirim, já havia notificado a companhia aérea sobre as medidas que deveriam ser tomadas no atendimento aos passageiros, como a imediata suspensão da comercialização de passagens aéreas.
A agência reguladora orienta também que passageiros não se dirijam ao aeroporto e que façam contatos com a empresa apenas por canais como call center ou por e-mail (falecomaita@voeita.com.br).
De acordo com Resolução ANAC nº 400/2016, a companhia aérea deve oferecer também alternativas aos passageiros impedidos de voar, incluindo outros meios de transporte, assistência material e compensações financeiras devidas.
A ANAC orienta também o registro no site Consumidor.gov.br que, desde o início das operações da empresa, em junho deste ano, já tem mais de mil reclamações finalizadas, com um índice de 59,2% de casos solucionados.
Em plena pandemia e em meio à uma recuperação judicial do grupo Itapemirim, a aérea teve seu voo inaugural no dia 29 de junho deste ano, entre São Paulo e o aeroporto de Brasília, e prometia ter como hubs (centro de operações e conexões) os aeroportos de Guarulhos, Confins (MG) e Brasília.