Itamaraty orienta brasileiros a deixarem Síria após escalada de conflitos

O Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado, na segunda-feira (10), orientando os brasileiros que estão na Síria a deixaram o país devido à escala de conflitos internos. Caso a saída não seja possível, a pasta solicitou que os cidadãos adotem as indicações de segurança das autoridades locais.

O cenário na Síria vem se agravando desde a última semana. O conflito entre apoiadores do ex-ditador Bashar-al-Assad, deposto em dezembro de 2024, e o novo governo já deixou mais de mil mortos em apenas três dias – sendo a maioria civis da etnia alauíta, que pertence ao ex-ditador. Esse é o maior massacre no país desde 2011.

Diante da escalada de violência, Estados Unidos e Rússia acionaram o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para debater medidas de emergência. O Brasil também expressou preocupação, reiterando sua posição em favor de uma transição política pacífica e inclusiva, com respeito à independência e integridade da Síria.

“Ao expressar repúdio ao recurso à violência, sobretudo contra civis, o Brasil transmite condolências aos familiares das vítimas e insta as partes envolvidas ao exercício da contenção”, acrescentou o Itamaraty.

Veja as medidas consulares emitidas pela pasta para brasileiros sobre a Síria:

• ⁠Caso não esteja na Síria, não viaje ao país;
• ⁠Recomenda-se aos nacionais residentes ou de passagem pela Síria que se ausentem do país, por meios próprios, até o retorno à normalidade.
• ⁠Aos nacionais que decidam manter estadia na Síria, recomenda-se adotar as indicações de segurança das autoridades locais e não permanecer em áreas de reconhecido risco;
• ⁠Não participe de aglomerações e protestos;
• ⁠Verifique se seu passaporte e dos demais membros de sua família possui ao menos seis (6) meses de validade;
• ⁠Certifique-se de que possui documento de nacionalidade brasileiro (como certidão de nascimento) e/ou carteira de identidade válida brasileira ou síria;
• ⁠Evite repassar informações não comprovadas ou compartilhar notícias antigas. Procure estar informado da situação atual do país e acompanhar canais de comunicação confiáveis.