O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não sabe se vai aceitar o pedido do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para uma reunião bilateral durante a cúpula do G7, que acontece em Hiroshima, no Japão, e terá atividades até o domingo (20).
Fontes do Palácio do Itamaraty informaram ao blog que a indecisão passa por uma percepção de que a pressão realizada em cima do Brasil e da Índia para adotarem uma posição mais alinhada à narrativa ucraniana sobre o conflito armado com a Rússia é descabida.
Integrantes do governo brasileiro consideram que este posicionamento não é o adequado porque envolve dois países que, junto com a Rússia, compõem o Brics e, dizem as fontes, trabalham pela paz, mas buscando soluções multilaterais.
A informação do convite de Zelensky para uma reunião com Lula foi confirmada pelo Itamaraty à TV Globo. Ainda não há, porém, confirmação da data do possível encontro.
Questionado neste sábado (20) sobre o possível encontro com Zelensky, o presidente Lula respondeu que não sabia se a reunião aconteceria.
O encontro também não está previsto na agenda de Lula para este sábado (20) e para o domingo (21) divulgada pelo governo brasileiro.
Fontes disseram ao blog que o governo brasileiro foi informado pelo governo japonês em 10 de maio que o presidente ucraniano participaria de eventos do G7.
Biden também deseja encontrar Lula
Neste sábado, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também deseja se encontrar com o presidente Lula para falar sobre a guerra da Ucrânia durante a cúpula do G7.
Além de Lula, Sullivan afirmou que Biden também deseja conversar com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, sobre o mesmo assunto.