Em um evento partidário neste domingo (5), a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, voltou a falar sobre os protestos que pedem a libertação do líder anarquista Alfredo Cospito, que há três meses faz greve de fome na prisão.
“Se você teve uma condenação, você tem que cumpri-la toda. O Estado não deve tratar com a máfia e nem com quem o ameaça”, disse ainda defendendo uma reforma no sistema judicial.
Cospito cumpre uma pena de 20 anos de prisão, em sentença que ainda pode ser convertida para perpétua, e está fazendo uma greve de fome para protestar contra o chamado 41-bis, o regime de isolamento total na cadeia e que, geralmente, é imposto para líderes mafiosos.
A ida do italiano para esse regime ocorreu após ele receber um indulto, ainda na década de 1990, e ter feito um atentado com bombas em frente a uma escola de recrutas da Arma dos Carabineiros, em Fossano, que não deixou feridos.
Segundo as autoridades, Cospito enviava mensagens de dentro do presídio para grupos anarquistas realizarem ataques na Itália e, por isso, passou para o 41-bis.
Mas, há semanas, por conta dos problemas de saúde provocados pela falta de alimentação, manifestações ocorrem em grandes cidades italianas. Neste sábado (4), inclusive, houve confrontos entre civis e policiais em Roma e Milão.