O Consulado de Israel em São Paulo informou nesta quinta-feira (12) que reservistas israelenses que moram na América Latina foram convocados para reforçar as tropas de Tel Aviv na guerra contra o movimento palestino Hamas. Cerca de 200 cidadãos que vivem na Argentina, Bolívia, Brasil, Guatemala, México e Peru estão se deslocando em direção à capital paulista para partir rumo a Tel Aviv. As informações são de Paula Freitas, da revista Veja.
Além dos convocados, o governo israelense poderá contar com uma eventual ajuda extra. A embaixada do país em Brasília tem recebido cerca de 150 e-mails diários de interessados em participar voluntariamente das Forças de Defesa de Israel (FDI), fundadas em 1948. Segundo o portal da delegação, os seus militares têm o dever de “defender a soberania e a integridade territorial do Estado de Israel, deter todos os inimigos, e coibir todas as formas de terrorismo que ameacem a vida diária”.
As tropas israelenses, ainda de acordo com a embaixada, teriam vantagem “qualitativa” frente àqueles considerados seus inimigos em razão do desenvolvimento de “sistemas de armas avançadas, dos quais muitos são desenvolvidos e fabricados em Israel para suas necessidades específicas” e do “alto calibre de seus soldados”. No país, tanto homens quanto mulheres são recrutados pelo serviço militar obrigatório por dois anos e meio.
Apesar de agradecer pela disposição, a diplomacia de Tel Aviv informou que não está aceitando voluntários, mesmo entre os que têm dupla nacionalidade (israelense e brasileira). Apenas os que já serviram ao Exército, inscritos como reservistas e que treinam anualmente no país estão sendo instados. Árabes israelenses, casados, mulheres religiosas e pessoas com restrições médicas não precisam participar da guerra.
Moradores e militares de Tel Aviv foram surpreendidos por um intenso ataque de mísseis realizado pelo grupo terrorista Hamas, direto da Faixa de Gaza, no último sábado. No mesmo dia, o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra contra os militantes. Até o momento, mais de 2.200 pessoas morreram, incluindo dois brasileiros: Bruna Valeanu, de 24 anos, e Ranani Glazer, de 23 anos.