Israel recebeu do Hamas uma segunda lista de reféns a serem libertados neste sábado (25), à tarde. A informação, revelada por Telaviv, chega após, um dia antes, ter sido libertado um primeiro grupo de 24 pessoas, incluindo 10 tailandeses e um filipino.
Entre os restantes 13 detidos havia quatro crianças. De acordo como o Canal 12 israelita, nesta segunda entrega, o número de menores vai aumentar.
Em contrapartida, Israel colocou já palestinianos em liberdade.
Na Cisjordânia celebrou-se o regresso de 15 menores e 24 mulheres. Entre elas, Marah Bakeer, presa em 2015, aos 16 anos, para quem o regresso traz um misto de felicidade e amargura.
“Sim, estou feliz, mas, ao mesmo tempo, o que é muito angustiante é que o preço da nossa liberdade acaba por ser o sangue dos mortos em Gaza. Esperamos que agora estejam bem e que a guerra termine em breve”, afirma.
Apesar do cessar-fogo, em vigor desde sexta-feira, Israel avisa que a guerra não acabou. O objetivo mantém-se: destruir o Hamas e impedir um novo 7 de outubro.
As Forças de Defesa de Israel (FDI), através do seu porta-voz, Daniel Hagari, informaram que “durante os dias de tréguas, irão concluir a preparação e ficar prontas para as próximas fases da guerra. As tropas estão preparadas e prontas em todos os teatros de guerra”.
Ao Hamas e à comunidade internacional, o exército israelita clarifica: “atuaremos contra qualquer ameaça ao Estado de Israel”
O acordo de cessar-fogo foi estabelecido entre Israel e o Hamas, com mediação do Qatar, mas outros dois grupos rivais de Israel garantem também respeitar as tréguas em troca de não serem atacados: por um lado, a Jiade Islâmica, grupo armado palestiniano que também opera a partir da Faixa de Gaza e pode ter feito alguns reféns no ataque terrorista de 7 de outubro; por outro, o Hezbollah, grupo libanês com ligações ao Irão e ao Hamas.
Os combates entre Israel e o Líbano intensificaram-se na fronteira, na quinta-feira, mas o Hezbollah tem estado a respeitar a trégua em vigor.