sexta-feira 22 de novembro de 2024
Gilad Erdan, o embaixador de Israel nas Nações Unidas. 25/10/2023 - Foto: David Dee Delgado/AFP
Home / DESTAQUE / Israel agrava rixa com a ONU e recusa visto a chefe de agência humanitária
quarta-feira 25 de outubro de 2023 às 08:57h

Israel agrava rixa com a ONU e recusa visto a chefe de agência humanitária

DESTAQUE, MUNDO, NOTÍCIAS


Israel disse nesta quarta-feira (25) que recusou um visto ao chefe de assuntos humanitários das Nações Unidas, Martin Griffiths, agravando uma rixa preocupante com o organismo internacional em meio à guerra com o grupo terrorista palestino Hamas. A medida ocorreu após o governo israelense condenar, na véspera, as críticas do secretário-geral António Guterres aos bombardeios contra Gaza.

“Devido às observações [de Guterres], recusaremos a emissão de vistos para representantes das Nações Unidas. Já recusámos um visto ao subsecretário-geral para os assuntos humanitários, Martin Griffiths. Chegou a hora de lhes ensinar uma lição”, disse o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, na rádio do exército, segundo a mídia israelense.

Na terça-feira 24, Erdan já havia pedido a demissão de Guterres, depois do secretário-geral ter dito que os “ataques terríveis” do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, não podem justificar a “punição coletiva do povo palestino”.

No mesmo pronunciamento, o chefe das Nações Unidas também mencionou, sem citar Israel diretamente, “claras violações do direito humanitário internacional que estamos testemunhando em Gaza.”

Guterres acrescentou que “nada pode justificar o assassinato, o ferimento e o rapto deliberados de civis – ou o lançamento de foguetes contra alvos civis. Todos os reféns devem ser tratados humanamente e libertados imediatamente e sem condições.”

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, afirmou na terça-feira que Guterres tentou “justificar” os ataques terroristas do Hamas, que deixaram 1.400 mortos –muitos deles civis assassinados de forma brutal, sendo queimados, desmembrados ou espancados.

Enquanto isso, o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, afirmou nesta quarta-feira, 25, que 6.546 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza por ataques aéreos israelenses desde 7 de outubro. Das vítimas, 2.704 são crianças, segundo a pasta. Porém, essas informações não puderam ser verificadas por órgãos independentes.

Veja também

Funcionários têm medo de revelar uso de IA para seus chefes

Quase metade dos trabalhadores sente desconforto em admitir para seus chefes que utiliza inteligência artificial (IA) …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!