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Combatentes palestinos da ala militar do Hamas - Foto: Getty Images
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segunda-feira 27 de novembro de 2023 às 13:05h

Israel acusa Hamas de separar mães e filhos no 4º dia de troca de reféns por presos em meio a negociação por trégua mais longa

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A troca de reféns por prisioneiros entre Hamas e Israel se viu diante de um impasse, nesta segunda-feira (27), após os dois lados lançarem questionamentos sobre a libertação de reféns e presos na transferência que concluiria a primeira etapa do acordo entre os inimigos. Israel acusou o Hamas de separar mães e filhos no processo de entrega dos cativos, enquanto o grupo terrorista cobra o governo israelense a seguir um critério de antiguidade ao soltar os presos palestinos.

Mediadores do Catar e do Egito entraram em ação para evitar que as divergências entre Israel e Hamas atrasem a última entrega prevista no acordo inicial (que previa quatro dias sem conflito para a troca de 50 reféns israelenses por 150 presos palestinos) e impeçam uma extensão da trégua, que autoridades mais otimistas esperam que evolua para um cessar-fogo permanente, algo que Israel nega a possibilidade. Desde sexta-feira, 39 reféns de israelenses, além de 19 estrangeiros, e 117 presos palestinos foram libertados devido ao acordo.

Fontes do governo egípcio afirmaram que Israel contestou a lista enviada pelo Hamas, informando o nome dos reféns que seriam libertados nesta segunda-feira. De acordo com as autoridades, mencionadas pelo jornal americano The Wall Street Journal, a negativa à lista seria que a lista com 11 nomes incluiria, em sua maioria, crianças desacompanhadas das mães, que também teriam sido sequestradas. O Hamas, por sua vez, diz não estar com todos os membros das famílias indicadas por Israel.

Pelo lado palestino, também há contestação. O Hamas exigiu, nesta segunda, que o governo israelense respeitasse um critério de antiguidade ao libertar os prisioneiros palestinos, dando prioridade aos detidos a mais tempo. O grupo terrorista também teria exigido a soltura de alguns indivíduos presos antes do ataque de 7 de outubro, que não constam na lista inicial divulgada por Israel, com 300 nomes, da qual se escolheria os presos a serem soltos.

Apesar do impasse, há a expectativa de que o período de trégua possa ser ampliado por mais dias. Uma fonte do grupo palestino afirmou que a liderança do Hamas trabalha com a hipótese de uma ampliação de dois a quatro dias de cessar-fogo, enquanto o governo israelense afirmou ter feito uma proposta ao grupo terrorista para prolongar a trégua por mais cinco dias, em caso de liberação de mais 50 reféns.

— Queremos receber outros 50 reféns após esta noite, como parte de nosso objetivo de trazer todos os reféns de volta para casa — declarou Eylon Levy, porta-voz do governo israelense, ao informar sobre a iniciativa.

No domingo, uma fonte ligada ao Hamas afirmou à AFP que o grupo “acredita que é possível garantir a libertação de entre 20 e 40 israelenses”, a fim de garantir até quatro dias de trégua.

O processo, contudo, não deve ser simples. Uma fonte de segurança egípcia afirmou, nesta segunda-feira, que ambas as partes estavam em desacordo sobre a maneira de prorrogar a trégua. Enquanto Israel defende uma prorrogação dia por dia, a cada leva de reféns entregue, o Hamas busca um compromisso de quatro dias, com as transferências sendo realizadas neste período.

Roteiro da libertação de reféns e prisioneiros palestinos — Foto: Editoria de Arte

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